A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou um inquérito para averiguar denúncias sobre a existência de um esquema de corrupção na Direcção de Pequenos Negócios, afecta ao Banco de Poupança e Crédito (BPC).
Segundo uma nota de imprensa divulgada hoje, 14, pela PGR, a instituição “tomou conhecimento, através das redes sociais, da existência de um esquema de corrupção que visa alguns funcionários da Direcção de Pequenos Negócios (DPN), afecta ao Banco de Poupança e Crédito (BPC)”.
A partir dessa denúncia pública, em que se alude à “cobrança ilegal de valores para o carregamento de cartões visa e transferências de divisas para o exterior do país”, a PGR instaurou um inquérito na DPN, “com a nalidade de aferir a veracidade dos factos e, em consequência, responsabilizar-se criminalmente os autores de tais práticas.”
A PGR apela ainda “ao público em geral e às pessoas efectivamente lesadas” a que se dirijam à Direcção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção, localizada no 5.º andar do edifício principal do Palácio da Justiça, para “prestarem informações que permitam o esclarecimento dos factos e o consequente exercício da acção penal”.
Nos termos da denúncia partilhada nas redes sociais, os clientes que pretendem enviar valores para o exterior ou para carregamento de cartões devem pagar a diferença entre o valor do dólar no mercado formal e informal.
“Este esquema de corrupção está a fazer com que muita gente séria e com muitos problemas de Saúde, formação, férias e outros, não consigam de forma lícita efectuar as suas transferência ou carregamentos de cartões. Estes técnicos corruptos são protegidos pelos diretores da DPN”, apontam os denunciantes.
Ainda segundo a mesma denúncia, com os ganhos, os autores destas práticas “estão a comprar casas no exterior como em Angola”.