A Procuradoria-Geral da República (PGR) está a investigar a equipa de gestores portugueses da Universidade Jean Piaget de Angola por haver indícios de branqueamento de capitais, fuga ao fisco e auxílio à imigração ilegal.
A investigação surge na sequência de uma denúncia pública efectuada pelo corpo docente e não docente daquela instituição do ensino superior, no passado dia 12 de Outubro.
Ao jornal VALOR, uma fonte da instituição universitária adiantou que, na sexta-feira, 13, dois funcionários foram ouvidos pela PGR, na sequência da divulgação dos supostos esquemas de fuga ao fisco e da alegada retirada de capital de forma ilícita de Angola para Portugal.
Antes, Abraão Franco, o porta-voz do pessoal docente e não docente, foi ouvido nos Serviços de Migração e Estrangeiros (SME) pela denúncia de cidadãos portugueses a trabalhar na estrutura central da universidade sem qualquer visto de trabalho ou de permanência em território nacional.
Segundo este representante dos funcionários, o então homem das finanças, José Manuel da Costa Rocha, retirado do cargo em Outubro, após ameaça de paralisação de toda a actividade laboral, é o autor de desvios milionários da instituição.