A Procuradoria-Geral da República (PGR) no Moxico recuperou 404 milhões de kwanzas, no âmbito do combate à corrupção em curso no país, anunciou, sábado, no Luena, o procurador da República titular, Adão do Nascimento.
O magistrado do Ministério Público, que falava durante um workshop promovido pela Associação Cívica Laulenu, com o tema “O papel da PGR no combate à corrupção na província do Moxico”, disse que o montante foi recuperado nos últimos 10 meses.
De acordo com o procurador, as verbas recuperadas foram devolvidas de forma voluntária pelos cidadãos implicados em crimes de corrupção e peculato na região.
Ao falar sobre os processos dos casos que envolvem ex-gestores públicos implicados em peculato, reafirmou que a maioria já foi remetida ao Tribunal e aguarda-se pelo julgamento.
Entre os processos em juízo, citou o caso sobre a “Vala de Sacassanje” que tem como figura central o ex-administrador municipal do Moxico, Valdemar Salomão, bem como o caso que envolve o ex-director do Hospital Geral do Moxico, Manuel Macano.
Informou, ainda, que aguardam julgamento os arguidos arrolados no processo do “caso Camanongue”, envolvendo António Manuel Gouveia, até então director do gabinete do ex-governador provincial do Moxico, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, tendo como comparsa o ex-administrador municipal, Zaqueu Isaac, assim como o processo do ex-administrador do Alto Zambeze, Alexandre Bumba.
Após a conclusão da fase de instrução preparatória, disse o magistrado, muitos dos arguidos aguardam o julgamento em liberdade.
Adão do Nascimento admitiu que a complexidade dos crimes económicos, o reduzido número de procuradores na província (12 no total) e a carência de condições técnicas têm dificultado as acções da PGR no combate à corrupção.
Com efeito, pediu a colaboração dos cidadãos na denúncia de eventuais casos.
JA