O tema está na agenda de Portugal há muitos anos e vários países lusófonos têm continuado a insistir nele, com diversas iniciativas a promover o idioma, diz embaixadora de Portugal junto da ONU.
Os esforços para tornar o português uma das línguas oficiais das Nações Unidas continuam em marcha e serão visíveis nesta semena, assegurou o embaixadora de Portugal junto à Organização, destacando o investimento “financeiro imenso” exigido.
“O tema está na agenda de Portugal há muitos anos e vários países lusófonos têm continuado a insistir nele, com diversas iniciativas a promover o idioma junto da Organização”, referiu Ana Paula Zacarias
Esses esforços serão visíveis durante a semana de alto nível da Assebleia-Geral da das Nações Unidas (ONU), que arrancou nesta Segunda-feira, 18, na qual existe uma anuência entre os líderes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para comunicar em português, disse Ana Paula Zacarias, numa entrevista em Nova Iorque a propósito do evento.
“Um dos principais aspectos que tem a ver com a defesa da língua portuguesa (…) é o facto de os líderes políticos dos países da CPLP que aqui vêm fazerem um esforço para falarem todos em português”, apontou.
“Provavelmente não será em todas as reuniões, mas na grande maioria das reuniões e, sobretudo, no Debate Geral, há uma anuência de que vamos falar em português. Claro que para falar em português temos que ter tradutores próprios, porque o sistema das Nações Unidas não tem tradutores de português, mas isso já está assegurado”, acrescentou a embaixadora, que explicou que será feita a tradução para inglês e, posteriormente, para outras línguas.
Apesar de não especificar valores, Ana Paula Zacarias salientou o “esforço financeiro imenso” para tornar “exequível” o português como uma das línguas oficiais da ONU. Além disso, há “também a necessidade de verificar se os Estados-membros estariam dispostos a que tal acontecesse”, observou a diplomata.
“Estamos a trabalhar nesse sentido (…) É um tema que mantemos na nossa agenda há muitos anos. Continuaremos a cuidar dele e continuaremos a insistir no facto de que seja dado ao português – que é uma língua falada por tantos milhões de pessoas, uma língua tão importante também para os países do Sul global – o valor que efectivamente tem como língua de trabalho, como deveria ser aqui nas Nações Unidas”, afirmou Ana Paula Zacarias, citada pela Lusa.
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