O Presidente da República, João Lourenço, recebeu, ontem, na Cidade Alta, cartas credenciais de quatro novos embaixadores, nomeadamente o da República Árabe Saharaoui Democrática, do Reino da Arábia Saudita, do Burundi e da Indonésia.
O da República Árabe Saharaoui Democrática é residente e os demais não residentes.
Em declarações à imprensa, depois de apresentar as cartas credenciais, o embaixador da República Árabe Saharaoui Democrática disse que o evento serviu, também, para agradecer ao Presidente da República pelo apoio já prestado por Angola ao seu país. “Compartilhamos uma história muito antiga”, realçou.
Hamdi El Jalil Aali já desempenhou funções nas Forças Armadas e no Ministério da Defesa do seu país.
O embaixador extraordinário e plenipotenciário do Burundi, com residência na Zâmbia, Pascal Ruhomuyumworo, disse ter aproveitado a ocasião para transmitir a João Lourenço uma mensagem do seu presidente, que realça as boas relações de cooperação existentes entre os dois países.
O diplomata aproveitou, ainda, o ensejo para expressar ao Chefe de Estado gratidão pelo apoio prestado ao seu país durante todo o período de crise que enfrentou, quando passava por problemas internos sensíveis e difíceis.
Ressaltou que este apoio, a nível da ONU, União Africana, CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central) e CIRGL(Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos), permitiu ao Burundi sair de cabeça erguida daquela situação.
“Recordei, também, ao Presidente, a existência de dois acordos de cooperação que precisam de ser aquecidos”, realçou.
Pascal Ruhomuyumworo, que exerceu diversas funções diplomáticas, com destaque para os cargos de embaixador no Reino da Noruega e na Zâmbia, esclareceu que o primeiro é referente às consultas diplomáticas e o segundo é um Acordo Geral de Cooperação entre Angola e o Burundi.
“Estes dois acordos devem ser aquecidos, para que a cooperação entre os dois países avance ainda mais”, destacou.
O embaixador da Indonésia, Wisnu Edi Pratignyo, pretende, durante o seu consulado, desenvolver a cooperação já existente entre Angola e o seu país, com destaque para a partilha da experiência em relação à diversificação da economia.
Disse que o país foi produtor e exportador de petróleo, com lugar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas, com o tempo, percebeu que devia alavancar, também, outras áreas.
“Com a experiência que aprendemos, conseguimos perceber que não podíamos continuar a depender de energias fósseis, razão pela qual tivemos que trabalhar no sentido de alavancar as outras áreas da economia, bem como a própria área de energia”, frisou.
O novo embaixador da Indonésia quer, por isso, desenvolver a cooperação com Angola, subscrita há 20 anos.