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Presidente João Lourenço escolhe Sputnik V para se vacinar contra Covid – 19

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O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, tomou a primeira dose da vacina Sputnik V contra a Covid-19 no início da tarde de hoje complexo turístico Paz Flor, em Luanda.

Mais de 1 mês depois de ter começado o processo de vacinação contra Covid – 19 no país, João Lourenço escolheu ser vacinado no momento em que começou a ser administrada a vacina russa, uma vacina que ainda não foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como tendo as condições mínimas para uso de emergência e não foi reconhecida pelas agências de controlo do medicamento da União Europeia (EMA) e dos EUA (CDC) mas que a The Lancet, a mais antiga e uma das mais prestigiadas revistas científicas em todo o mundo, garante a qualidade, segurança e eficácia.

O Presidente angolano deverá voltar ao Paz Flor até ao próximo mês de Julho para tomar a segunda dose de Sputnik V e completar a vacinação.

O Presidente João Lourenço foi à toma da vacina acompanhado pela Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, que também foi vacinada.

A vacina Sputnik, que começou a ser administrada no país esta semana, será a vacina a ser usada na vacinação do Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, do presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e de outros membros dos órgãos de soberania.

Depois da vacinação o PR esteve 30 minutos em observação, período durante o qual foi informado sobre aspectos ligados a vacinação. Logo a seguir, João Lourenço falou à imprensa.

O PR reiterou o apelo aos países mais desenvolvidos, que têm capacidade de produzir vacinas, para serem mais sensíveis e entenderem que ninguém se vai salvar sozinho.

Angola começou esta semana a imunizar a população com a Sputnik V

Depois de a ministra da Saúde ter anunciado a aquisição da Sputnik V e o Presidente ter aprovado a aquisição de seis milhões de doses através de um decreto Presidencial, o país recebeu esta semana as primeiras 40 mil doses e na quarta-feira foram administradas as
primeiras doses.

Tal como a vacina da AstraZeneca, a que foi mais utilizada no país até agora, mas cujo fornecimento foi interrompido pela Índia devido às suas necessidades internas, esta é administrada em duas doses, podendo, como revelou o secretário de estado da Saúde Pública, Franco Munda, com intervalos que podem ir de 21 a 45 dias.

Os efeitos colaterais já conhecidos após a toma da Sputnik V são semelhantes às outras vacinas, abrangendo um reduzido número de pessoas, sendo os mais comuns a dor no braço, dor de cabeça e eventuais tonturas que podem ser resolvidos com a toma de um
comprimido de paracetamol.

As dúvidas à volta da vacina russa e os estudos a favor

Apesar das dúvidas, geradas pelo facto de o fabricante, o russo Instituto Gamaleya de Pesquisa, Microbiologia e Epidemiologia não ter apresentado publicamente a cronologia da sua produção, testagem e aprovação, de acordo com o exigido por alguns organismos de
controlo nacionais e internacionais, como a OMS, o EMA ou o CDC, a Sputnik V já está a ser utilizada em dezenas de países e a própria ONU prepara-se, segundo anunciou agora o Secretário-Geral António Guterres, para concluir o processo de reconhecimento da
qualidade e eficácia deste imunizante.

“Damos as boas vindas ao reconhecimento da Sputnik V pela OMS. Estou muito agradecido pelo facto de a Rússia ter tornado acessível esta vacina para o pessoal da ONU, e acredito que se trata de um vacina-chave para vencer este desao de debelar a pandemia da
Covid-19″, disse Guterres.

Mas as dúvidas que até aqui mantiveram esta vacina afastada em alguns países já tinham sido afastadas pela The Lancet, com a divulgação, como o Novo Jornal noticiou em Fevereiro deste ano, de um estudo onde a vacina russa, a Sputnik V é mostrada como eficaz e bem tolerada no combate à Covid-19.

Com este estudo, a vacina made in Rússia, uma das mais contestadas e postas em causa entre aquelas que já estão em uso, surge como a nova ferramenta disponível para o mundo combater a pandemia da Covid-19, sendo ainda mais relevante o facto de se tratar de um fármaco mais barato que os demais e menos exigente em matéria de armazenamento.

Os investigadores responsáveis pelo estudo divulgado pela The Lancet, uma das mais antigas e credíveis actualmente editadas, retiraram as suas conclusões da análise de dados que envolveram 20 mil pessoas, rearmando aquilo que as autoridades russas tinham
vindo a garantir, que a Sputnik V tem todas as características de uma vacina eficaz e disponível a custos moderados e de fácil uso nos países menos apetrechados tecnologicamente, sendo ainda indicada para pessoas com mais de 60 anos.

Outras vacinas

Em Angola já está igualmente em uso a vacina chinesa da Sinopharm, que começou por ser administrada entre a comunidade chinesa, seguindo-se os elementos das forças de defesa e segurança.

A Comissão Multissectorial para o Combate à Covid-19 tem apostado no aumento da rapidez com que decorre a campanha nacional de vacinação devido ao recente andamento muito significativo no número de casos.

RNA/NJ/CD

Editor
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O Site Correio Digital tem como fim a produção e recolha de conteúdos sobre Angola em grande medida e em parte sobre o mundo para veiculação. O projecto foi fundado em 2006.

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