Uma providência cautelar emitida pelo Tribunal Provincial de Luanda, impede o presidente reeleito na Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur de Almeida e Silva, de tomar posse, no sábado, em Luanda.
Em causa está uma denúncia do candidato excluído da corrida à presidência do organismo pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Norberto de Castro.
O documento, enviado ao tribunal da capital pelo proprietário de uma Escola Académica e desportiva, dá conta de irregularidades nos procedimentos do presidente reeleito e da CNE.
Norberto de Castro evoca dualidade de critérios na análise dos casos das listas concorrentes, além de um suposto uso das verbas atribuídas pela FIFA para fins de campanha.
As eleições foram realizadas recentemente, mas, apesar de Artur e Silva ter ganho por 70 votos contra 59 de Nando Jordão, 28 de Tony Estraga e 8 de José Macaia, os oponentes levantaram suspeições sobre a legalidade da vitória.
Alegam, entre outros, terem participado do acto alguns clubes sem direito a voto.
Na verdade, o processo eleitoral foi quase todo marcado por polémicas com Norberto de Castro e Tony Estraga a pedirem intervenção da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), e do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD).
Na sequência, o órgão reitor, em nota de imprensa, orientou a reintegração de Norberto de Castro na corrida às eleições para o quadriénio 2020-24, mas a CNE manteve a sua posição.
A FAF foi a primeira instituição desportiva do país a aderir ao sistema de voto para eleger os líderes, em 1991, tendo Armando Machado como vencedor.
Angop