Ministério da Administração Pública diz que, nos últimos dois anos, foram formalizados 253 048 agentes económicos e capacitados 48 305, ao abrigo do Programa de Reconversão da Economia Informal.
O Governo diz ter gastado um total de 6 mil milhões de kwanzas em financiamento de operações de microcrédito, entre Novembro de 2021 e Julho de 2023, no âmbito do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), o que permitiu gerar aproximadamente 9 mil postos de trabalho.
O dado foi avançado esta Terça-feira, 19, em Luanda, pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, durante o 1ª Fórum Internacional de Reconversão da Economia Informal, que arrancou hoje sob o lema “Reconversão da Economia Informal, o Vector para o Crescimento Económico e a Sustentabilidade Fiscal”.
Ao apresentar os resultados da primeira fase do programa, durante a abertura do certame que termina amanhã, 20 de Setembro, Teresa Dias Rodrigues ressaltou que foram formalizados 253 048 agentes económicos, capacitados 48 305 e que 339 648 tiveram adesão ao serviço da Mobile Money.
De acordo com a governante, a conversão da economia informal para formal é um “desafio complexo que requer acções coordenadas e abordagens multifacetadas das instituições do Estado, do sector privado, das organizações da sociedade civil e dos próprios trabalhadores informais”, de forma a se criar um ambiente propício à formalização e garantir que os benefícios da economia informal sejam acessíveis a todos.
Por outro lado, revelou que o país tem aproximadamente 9 milhões de força de trabalho na informalidade, o que significa que há uma taxa de 80% do pessoal que tem emprego na informalidade. “E, para podermos transformar em empregos decentes e sustentáveis, precisamos, naturalmente, de fazer esse trabalho, reconverter os informais em formais. Como devem imaginar, isto é um desafio. Não é só um desafio para o país, mas também para o mundo”, considerou.
Entretanto, Teresa Rodrigues Dias lamentou o facto de o cidadão aceitar a formalização, receber recurso [do Estado] para ter um microcrédito para poderem operacionalizar os seus negócios, mas depois não cumpre as obrigações.
LUSA