Os primeiros testes com fluidos (crude) para aferir a eficiência produtiva da Refinaria de Cabinda iniciam em meados de Dezembro deste ano, altura em que se prevê a conclusão da primeira fase do projecto, iniciado em 2021.
O director-geral da GEMCORP Angola, responsável pela execução da obra, Marcus Weyll, garantiu que a GEMCORP, enquanto investidora e accionista do projecto, está fortemente empenhada em comissionar a primeira fase da Refinaria ainda durante o ano em curso, bem como avançar rapidamente com o trabalho da segunda e terceira fases.
Weyll admitiu que as obras com uma execução física de 30 por cento, estão relativamente atrasadas devido à conjuntura internacional, marcada por eventos sem precedentes, como a pandemia da Covid-19 e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Estes eventos, referiu, causaram impactos relevantes em toda a cadeia de suprimentos global e na volatilidade do mercado.
Apesar destes constrangimentos, disse, a GEMCORP não cruzou os braços, tendo feito tudo no sentido de mobilizar recursos para mitigar tais impactos. Segundo aquele responsável, os recursos mobilizados permitiram com que a primeira fase do projecto de construção da Refinaria de Cabinda conhecesse o actual grau de execução física.
Marcus Weyll lembrou que a primeira fase da Refinaria de Cabinda está orçada em 400 milhões de dólares e que o projecto, no seu todo, terá um custo total de cerca de mil milhões de dólares, com a conclusão da segunda e a terceira fases.
O responsável da empresa encarregada pelas obras de construção da Refinaria de Cabinda disse ter já chegado à província os principais equipamentos da unidade de estilação e da maior parte de tanques para a primeira fase.
Na primeira fase, a refinaria vai contar com uma unidade de estilação de petróleo com capacidade para 30 mil barris por dia. Os equipamentos foram produzidos nos Estados Unidos da América e têm um alto nível de padronização de qualidade internacional e de sustentabilidade, garantiu Marcus Weyll.
A futura unidade de refinação de crude de Cabinda vai ser a primeira em África sem queima de gás, o que vai contribuir, grandemente, para a segurança energética e no desenvolvimento sócio-económico do país e da província, de um modo particular.
No que toca à empregabilidade, o director-geral da GEMCORP lembrou que a primeira fase do projecto prevê criar um total de 1.300 postos de trabalho, nas áreas de construção, montagem e de operacionalização, sendo que a maior parte dessa cifra será atribuída aos habitantes de Cabinda. “Actualmente já foram criados mais de 500 postos de trabalho, sendo 93 por cento para quadros angolanos e, dessa cifra, 83 por cento foi atribuída a residentes de Cabinda”, sublinhou.
O projecto de Construção da Refinaria de Cabinda está a ser desenvolvido na planície do Malembo, numa área de 313 hectares, perímetro adjacente ao campo petrolífero de Malongo, principal fonte de produção de hidrocarbonetos do país e que passará também a fornecer crude à refinaria para a sua transformação.
Estiveram também presentes no acto de apresentação da evolução das obras de construção da Refinaria de Cabinda altos funcionários do Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, com destaque para o secretário de Estado dos Petróleos, José Barroso. Estiveram também presentes os PCA da Sonangol, Sebastião Martins, da Agência Nacional de Recursos Minerais, Jacinto Rocha, e da Agência Nacional de Petróleo e Gás, Paulino Gerónimo, incluindo membros do Governo da Província de Cabinda.
Expansão