A cedência para gestão do Complexo Desportivo da Cidadela ao Clube Atlético Petróleos de Luanda continua em curso, sem que haja dados definidos no processo.
Segundo o presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, que falava em conferência de imprensa de balanço da temporada desportiva, constitui uma preocupação constante a componente das infra-estruturas.
“Todos sabem que somos um clube da Sonangol e estamos envolvidos directamente neste processo que vai caminhando”, disse
O dirigente informou que a sua direcção tem dado as contribuições necessárias, sempre que é chamada.
Acrescentou que, nas abordagens que tem mantido com o Ministério da Juventude e Desportos, é referenciada a questão da alteração do formato das infra-estruturas desportivas, no que concerne a sua construção.
Pela primeira vez, o responsável do clube “tricolor” falou de forma aberta e clara sobre o assunto. “Para os dias de hoje, já não se podem construir estádios apenas a pensar no futebol”, frisou.
O responsável máximo dos petrolíferos adiantou que os estádios devem ter a sua volta todos os serviços. Se não for assim, vamos continuar a reclamar dinheiro para a sua manutenção, sendo um equipamento do Estado, tem que vir do OGE.
Em 2022, o Ministério da Juventude e Desportos confirmou a carta de intenção apresentada pelo Grupo Sonangol, que solicitou a cedência e a gestão do referido complexo.
Até então, o maior complexo desportivo do país, composto por um estádio e três pavilhões gimnodesportivo, estes que albergam diversas provas, nas mais distintas modalidades.
Localizado no Distrito Urbano do Rangel, o imóvel, com capacidade para 60 mil espectadores, o estádio foi interditado há mais de uma década pela Confederação Africana de Futebol (CAF), devido à degradação, fundamentalmente de algumas placas de betão no segundo anel.
Inaugurado em 1972, ainda na era colonial, o recinto tem servido apenas para treinos ocasionais para algumas selecções de formação e de equipas que jogam no Campeonato Nacional de Futebol “Girabola” e competições inferiores.
Reinaugurado a 10 de Dezembro de 1981, por ocasião dos extintos Jogos dos Países da África Central, a infra-estrutura já sofreu inúmeras obras de melhoramento, mas hoje as condições não oferecem segurança aos espectadores.
ANGOP