A partir desta quinta-feira os professores e alunos de todo país já podem regressar às aulas, uma vez terminada a primeira fase da greve, anunciou em conferência de imprensa o presidente do Sindicato Nacional de professores (SINPROF).
Guilherme Silva assegurou que a paralisação das aulas está suspensa, aguardando agora pela efectivação da segunda fase que começa a próxima terça-feira, dia 6. No entanto, revelou que durante os seis dias de duração da greve não houve qualquer tipo de negociação com o Ministério da Educação.
“Este sábado, dia 3, vamos realizar assembleias de trabalhadores em todas as capitais provinciais para prepararmos a segunda fase da paralisação das aulas no dia 6, caso não haja um acordo. Esta paralisação pode comprometer a realização das provas do Iº trimestre”, disse.
O sindicalista informou que nunca foi intenção da organização prejudicar o andamento do processo de ensino e aprendizagem do país. O sindicato avançou que continua aberto ao diálogo. “Precisamos é de propostas claras e sérias, para apresentarmos aos filiados”.
O presidente do sindicato recordou que em 2020, devido a pandemia da Covid-19, o sector da educação teve oito meses de paralisação lectiva. “Com o retorno das aulas presenciais e da normalidade, decidimos retornar o processo reivindicativo suspenso por conta da pandemia. Nesta altura já estava em funções a actual ministra da Educação”, disse.
O Ministério da Educação, explicou, foi informado sobre o regresso à greve dos professores. “O sindicato cumpriu com todos os pressupostos legais previstos na lei da greve. Continua válida a declaração de greve do dia 17 de Abril de 2021, pelo facto de ela ter sido apenas suspensa, não levantada”, concluiu.
O responsável sindical declarou em conferência de imprensa, que no mês de Março deste ano o sindicato remeteu uma adenda ao Caderno Reivindicativo com 11 pontos, onde se destacam a redução do Imposto sobre Rendimentos do Trabalho (IRT), a alteração do estatuto remuneratório dos agentes da educação, os subsídios de isolamento.
Guilherme Silva adiantou ainda que dos 134 mil professores por enquadrar na carreira técnica média compatíveis, com base nas actuais habilitações académicas, falta inserir em todo o país 19 mil docentes.
“Hoje no período da tarde acontece a primeira reunião negocial, entre o Ministério da Educação e o SINPROF, cujo objectivo é encontrar soluções em relação ao Caderno Reivindicativo”, contou.
JA