O Programa de privatizações (PROPRIV) permitiu a arrecadação de um total 607,8 mil milhões de Kwanzas com a privatização de 93 activos alienados na primeira fase, segundo o Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro.
Ottoniel dos Santos que falava, ontem, à imprensa, no final da 2ª Reunião da Comissão Nacional Interministerial do PROPRIV o valor por receber de 383,5 mil milhões de Kwanzas, que representam cerca de 27 por cento do total contratualizado (980,4 mil milhões de Kwanzas) representam a inadimplência com as indústrias têxteis e fazendas.
Entre as vendas que foram feitas pelo Governo na primeira fase, estão os leilões em bolsa de 5% das acções Banco Angolano de Investimentos (BAI) e de 25 por cento das acções do Banco Caixa Angola.
Metas previstas
De acordo com Ottoniel dos Santos, no encontro, que foi presidido pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, foram apreciados um conjunto de pontos que tinham que ver com cronograma de privatizações 2023- 2026 que irão decorrer dentro do prazo previsto no Decreto Presidencial nº 78/23, de 28 de Março.
Entre as 73 empresas por privatizar nesta segunda fase, estão no radar das privatizações para ainda este ano empresas do Sector da Agricultura do comércio e da indústria, cujo processo já estão operacionais entidades.
Segundo o secretário de Estado, fazem parte da lista das privatizações previstas ainda este ano empresas ligadas à gestão de silo, Matadouro de Luanda e unidades e complexos de frio no Sector das Pescas, entre outras.
De acordo com Ottoniel dos Santos no que diz respeito às empresas de referência nacional como a Sonangol, Unitel e BFA, que a princípio também obedecerão ao cronograma previsto, o início do processo deverá ocorrer no próximo ano, por ser preciso ainda fazer um caminho”.
Sem avançar o valor por arrecadar nesta segunda fase, o Propriv prevê adoptar a dinâmica do procedimento das vendas da maior parte dos activos em bolsa, com realce às empresas com maior relevo como é o caso da Sonangol que exige que o pagamento sejam feito “não no momento, mas antes do fecho da acção”
“Os activos de maior relevo de ponto de vista de interesse e tendo em conta a maturidade e grau de interesse e atracção nós pretendemos, nesta segunda fase, adoptar o procedimento de oferta pública”, informou.
O responsável fez saber ainda que o novo modelo de comunicação do programa tem como objectivo passar a reportar os contribuições efectivas que o Propriv tem gerado não só do ponto de vista de reactivação das empresas, mas também no que diz respeito ao aumento de emprego.
JA