As reservas internacionais de Angola saíram de USD 18,23 mil milhões em 2017, para USD 14,66 mil milhões até finais de 2022, uma redução na ordem dos USD 3,57 mil milhões.
Até 21 de Abril de 2023, as reservas internacionais estavam fixadas em 14,4 mil milhões de dólares, o que corresponde mais de seis meses de importação de bens e serviços.
Se olharmos para as recomendações, no âmbito dos critérios macroeconómicos da SADC, Angola está no limite dos seis meses de importação, mas se for o caso da Convenção do Fundo Monetário Internacional (FMI), o país está com três meses a mais.
De acordo com a evolução dos indicadores externos apresentados esta quarta-feira, pelo Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, na 1ª Edição do Angola Economic Outlook 2023, o stock tem estado a reduzir desde 2017, mas com oscilações de aumentos ligeiros.
Em 2018, por exemplo, as reservas internacionais líquidas fixaram-se em 16,17 mil milhões de dólares norte-americanos, ao passo que, em 2019, a mesma subiu em USD 17,21 mil milhões, observando um ligeiro aumento.
Um ano mais tarde, as mesmas voltaram cair para níveis de 14,88 mil milhões de dólares norte-americanos, ou seja, uma redução de USD 2,33 mil milhões em comparação com 2017.
Já em 2021, o stock registou um ligeiro aumento fixando-se em USD 15,51 mil milhões, tendo os mesmos valores reduzido no ano a seguir, em 2022, para USD 14,66 mil milhões.
Um passado bem recente, o que se tinha nas reservas internacionais era um conjunto de activos que não pertenciam ao Banco Nacional de Angola e outros tantos que já estavam comprometidos.
Actualmente, o BNA tem uma “fotografia” que se considera mais transparente, vistos que os recursos disponíveis, em termos de reservas internacionais, agora são do Banco Central, tendo agora uma liberdade de intervir na economia caso for necessário para a protecção da moeda nacional – o Kwanza, e garantir a solvabilidade externa da economia.
Com os níveis actuais das reservas internacionais, a preocupação do BNA está focada em manter os seis meses de importação de bens e serviços e estabilizar os preços na economia.
ANGOP