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Ruanda: Kagame segue para o seu 4º mandato graças a retoques na Constituição

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Sempre que um Presidente em África promove alterações constitucionais para aumentar o número de mandatos que pode somar no poder sem interrupção, o risco de perturbações político-militares emerge com estrondo, mas nem sempre, como o demonstra o Presidente do Ruanda, Paul Kagame.

Depois de operar cirurgias à Constituição do país, de forma a, por exemplo, em 2015, através de um referendo que ganhou, poder concorrer de novo a mais dois mandatos, e depois de, igualmente por alterações ao documento estrutural, já este ano, para fazer coincidir legislativas e presidenciais, Paul Kagame acaba agora de anunciar a sua disponibilidade para concorrer às eleições de Agosto do próximo ano.

Se vencer as próximas eleições, dentro de aproximadamente um ano, garante um 4º mandato, podendo mesmo Kagame concorrer, se assim entender, às seguintes.

Para já, Paul Kagame, soma e segue pontos na liderança de um dos países com mais rápido crescimento em África, com melhores índices nas tabelas internacionais que medem o bem estar social, embora tenha no outro prato da balança o caso sério na fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), onde é acusado por Kinshasa, directamente, de estar a apoiar grupos rebeldes e a explorar ilegalmente as riquezas do rico subsolo do leste congolês.

Citado pelo AfricaNews, a partir de declarações ao Jeune Afrique, Paul Kagame diz estar feliz com a confiança que os ruandeses nele depositam, prometendo, por isso, servi-los até onde lhe for possível, parecendo que o limite será a sua idade e saúde, o que não está em causa porque tem apenas 65 anos e não lhe são conhecidos problemas físicos.

Kagame está no comando do Ruanda praticamente desde o genocídio dos Tutsis, etnia a que pertence, em 1994, tendo-se feito eleger nas eleições de 2003, 2010 e 2017, sempre com a sociedade civil local e grupos internacionais a lançarem dúvidas sobre o seu espírito democrático e acusando-o de promover perseguições a opositores políticos.

Mas nem sempre estes “golpes” correm tão bem, como sobejam exemplos no continente, sendo alguns dos mais conhecidos o caso da Costa do Marfim, em 2010, quando Laurent Gbagbo tentou o mesmo “truque”, ou ainda no Gabão, mais recente, com Ali Bongo, que já tinha sido eleito para um 3º mandato, sob fortes acusações de fraude, foi deposto por um golpe militar liderado pelo seu até então chefe da Guarda Presidencial, general Brice Ngema.

NJ

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