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Sector petrolífero supera diamantes e é a maior fonte de divisa do país

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O economista angolano Manuel Alves da Rocha afirmou esta terça-feira, em Luanda, que o sector petrolífero é a maior fonte de renda e de recolha de divisas para o país, superando de longe o diamante (com peso no Produto Interno Bruto de quatro por cento).

O também docente universitário fez essa afirmação, durante o I Fórum sobre “O futuro do mercado de capitais em Angola, novas oportunidades de investimento e financiamento por via da BODIVA”, promovida pela Lucrum Trust – Sociedade correctora de valores mobiliários. Dados oficiais indicam que a receita fiscal petrolífera arrecadada pelo Estado, no primeiro trimestre deste ano de 2023, rondou os 1,3 bilião de kwanzas, menos 800 mil milhões, em relação ao período homólogo, em que se encaixou Kz 2,1 biliões.

Esses valores (Kz 1,3 bilião) resultaram da venda 96,84 milhões de barris de petróleo ao preço médio de USD 79,31, com base nos dados disponíveis no portal do Ministério das Finanças, através da Direcção de Tributação Especial (DTE).

Em relação ao primeiro trimestre de 2022, em que o Estado arrecadou 2,1 biliões de kwanzas, foram exportados 103,144 milhões de barris, ao preço médio de USD 87. O primeiro trimestre deste ano (2023) perde com o 2022, quer pelo preço médio do barril e quer pelas quantidades de petróleo bruto exportadas.

“Não temos uma actividade correspondente ao petróleo. Muitos pensam que os diamantes geram divisas, pois o peso dos diamantes no Produto Interno Bruto ronda os quatro por cento. E, sendo assim, há necessidade de mudança de paradigma, atraindo investimentos privados estrangeiros”, disse.

Ao dissertar sobre o tema “A diversificação económica e os seus investimentos”, sublinhou que Angola tem que estar em transformações constantes, com as atenções viradas aos agentes sociais e económicos, envolvidos no processo da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA). “O mercado cambial hoje é completamente diferente daquele que tínhamos há cinco, seis ou sete anos, onde o mercado era liberalizado.

Actualmente, o mercado de capitais nos dá uma desvalorização sistemática da moeda nacional”, comparou. Para Manuel Alves da Rocha, o crescimento da economia e a sua diversificação estrutural são fontes credíveis para conferir à moeda maior confiança, pelo que se deve ter a precisão ou necessidade maior de disponibilização de kwanzas, para se adquirir o dólar e o euro.

Na ocasião, o prelector defendeu a aposta em outras fontes geradoras de rendimento, pois entende que, para a economia funcionar, deve-se ter consciência de se investir em outros sectores, como por exemplo na transição energética.

Por outro lado, a administradora Executiva da Lucrum Trust, Maria Moreira, explicou que a sua empresa traz uma estratégia única que lhe permite levar o melhor do mercado aos seus clientes, projectando investimentos orientados para objectivos mais adequados às suas necessidades específicas. “ Proporcionamos aconselhamento especializado e necessário para a tomada das melhores decisões”, resumiu.

A realização deste fórum visa colmatar o desconhecimento que existe sobre o mercado dos valores mobiliários, em questões como investimento em bolsa e oportunidade de investimento, principalmente no processo de transição.

ANGOP

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