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Seguradoras vão aumentar os prémios devido à desvalorização da moeda

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Embora exista bastante prudência devido à pouca penetração dos seguros no mercado, é inevitável que os prémios aumentem nas próximas semanas, começando já pelos novos contratos, procedendo-se depois à actualização dos que estão em vigor. É a solvabilidade das seguradoras que está em causa.

Apesar de nenhuma das grandes seguradoras ter apresentado uma nova tabela de preços, o impacto da desvalorização do kwanza no sector tem sido enorme, não apenas no resseguro onde a situação é mais complicada, o que levará a um aumento dos preços dos prémios de praticamente todos os seguros. A dimensão e os tipos de seguros abrangidos estão a ser discutidos internamente nas empresas, de acordo com a realidade de cada uma delas.

Cristina Nascimento, administradora da Nossa Seguros, explica a situação que a situação actual: “Com o aumento de preços de bens e serviços, todos custos do sector serão afectados e vão em certa medida impactar nas margens de rentabilidade das companhias, sendo que obviamente, para colmatar essa situação, e não querendo fazer ou pelo menos tentar evitar, porque já existe problema de literacia e fraca penetração no mercado, terá de se olhar para a questão dos preços do prémios, porque obviamente começa haver aqui alguns riscos, porque os prémios dos tomadores começam a ser insuficiente para cobrir aqueles que são os custos das companhias”.

A responsável admite que o sector está limitado em termos de ajustamento dos preços, porque também não há poder de comprar para cobrir o aumento do custo, e também porque há pouca atractividade da população para produtos de seguros num ambiente mais adverso em termos económicos. “Mas se as margens das empresas começarem a baixar e pôr em risco a solvabilidade das companhias, então as seguradoras terão que começar a rever os seus prémios, os seus preços, porque senão não sobrevivem também”, avisa.

A desvalorização está a a inflacionar os preços dos produtos e serviços cujos impactos vão sendo “disseminados” os impactos para outras áreas. Por exemplo, no ramo saúde, onde ainda há uma componente de importação “muito grande”, nos custos com sinistralidade automóvel onde também os equipamentos e peças são importadas, consultoria externa e fornecedores especializados de serviço de tecnologia de informação, já se registam aumentos substanciais dos custos.

A desvalorização do kwanza e a escassez de divisas afecta a relação das seguradoras com os seus parceiros internacionais, com especial incidência nos resseguros. Roland Gomes, PCA da STAS-Seguros, lembra que a queda do Kwanza afecta o o cumprimento do pagamento dos prémios aos resseguradores internacionais, porque as seguradoras nacionais recebem os prémios em Kwanzas e as transferências dos prémios para os resseguradores são feitas em divisas, originando assim, um maior dispêndio de kwanzas para a compra de divisas. Que vai ser reflectido nos clientes através do aumento dos prémios.

Para o consultor de seguros Paulo Bracons, de facto, o resseguro é a área mais afectada pela desvalorização do Kwanza e lembrando que a existência de uma resseguradora nacional podia ajudar a mitigar este problema, embora avise que “não nos iludamos, pois a resseguradora nacional iria somente minimizar a exposição ao resseguro e não resolveria na totalidade (muito longe disso) o problema da exposição cambial”.

O consultor acredita que existem outras medidas para minimizar a exposição ao resseguro, (mas dificilmente com impacto no curto prazo), como dinamizar mais o co-seguro, em particular nos ramos patrimoniais, responsabilidades e engenharia.

“Mas para fomentar o co-seguro precisam haver condições de automação de processos, interacções automáticas e criação de condições de confiança entre os operadores de seguros, que hoje não existem. Este é um papel que poderia caber à ASAN, com o desenvolvimento de uma plataforma comum de gestão do co-seguro do mercado”, defende.

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