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Sete instituições bancárias chumbam em teste de stress do BNA

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Sete bancos angolanos não cumpriram os rácios de capital mínimos em cenários macroeconómicos adversos, segundo o Banco Nacional de Angola (BNA). O teste de stress, realizado em 2022, simulou cenários de deterioração da carteira de crédito, depreciação do kwanza, perda de activos e fuga de depósitos.

O BNA argumenta que o sector bancário em geral está resiliente, mas o facto de sete bancos terem falhado no teste é um mau sinal para a estabilidade do sistema financeiro.

Os resultados do teste de stress do BNA são um alerta para a estabilidade do sistema financeiro angolano. O facto de sete bancos terem falhado no teste é um sinal de que o sistema é vulnerável a choques macroeconómicos adversos. É importante que as autoridades e os bancos tomem medidas para reforçar a resiliência do sistema.

O economista Mateus Maquiadi diz que a situação é preocupante, mas que os testes de stress são importantes para perceber a robustez do sistema financeiro.

“A realização destes testes é que nos permitiu perceber, por exemplo, como as instituições financeiras como bancos e seguradoras conseguiram mesmo em cenários mais adversos continuar a prestar serviços financeiros”, disse.

Por sua vez, o presidente da Associação Angolana de Bancos (ABANC), Mário Nascimento, argumenta que os resultados do teste são um alerta para os bancos, mas que não é possível tirar conclusões alarmantes sem saber quais foram os bancos que não passaram e quais os níveis de incumprimento.

“Não sabendo quais foram os bancos que não passaram no teste e quais os níveis de incumprimento, não podemos e não devemos tirar conclusões alarmantes sobre o nosso sistema bancário”, defendeu.

O BNA não divulgou a identidade dos bancos que falharam no teste, alegando que isso poderia prejudicar a sua reputação e confiança dos clientes.

No entanto, é possível que alguns desses bancos sejam pequenos, não sistémicos, ou que estejam a passar por dificuldades financeiras. É também possível que alguns desses bancos tenham tomado medidas para reforçar a sua resiliência desde a realização do teste.

Os cenários macroeconómicos adversos simulados foram:

Deterioração da carteira de crédito: uma queda de 10% nos rendimentos das empresas e de 5% nos rendimentos dos particulares;

Depreciação do kwanza: uma depreciação de 20% face ao dólar;

Perda de activos: uma perda de 5% dos activos totais;

Fuga de depósitos: uma fuga de 10% dos depósitos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a recente depreciação do kwanza pode levar a aumentos de capital em alguns bancos.

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