Welwitschea dos Santos (Tchizé), filha do ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos, voltou a utilizar as redes sociais para criticar a decisão tomada a 15 de Novembro, quando o chefe de Estado, João Lourenço.
Lourenço ordenou ao Ministério da Comunicação Social a retirada da gestão da TPA 2, canal público, à empresa Semba Comunicação e da TPA Internacional à Westside.
A critica de Tchizé dos Santos surgiu em forma de um vídeo no Facebook onde a deputada e proprietária das empresas visadas criticava a forma como foi feita a rescisão do contrato, ordenada pelo Chefe de Estado.
“Regra número um sobre gestão“, começa por dizer Thizé dos Santos, que prossegue: “Não se deve exonerar, rescindir contrato com empresas ou prestadores de serviços sem antes acautelar que para o seu lugar há outros com igual ou superior competência (…) aprendam, meus camaradas“, ao invés de “achincalhar e desacreditar cidadãos honrados e trabalhadores que muito fizeram pelo país“.
O vídeo da filha do ex-Presidente foi publicado às 19:43 de ontem, dia 3 de Janeiro de 2018, e, pouco depois, no Jornal das 20:00 da TPA, foi lido um comunicado em que a televisão pública informava que vai lançar, “em breve, novos programas de debate, análise e confronto de diferentes opiniões e opções políticas e ideológicas, para reforçar o Canal 1 na promoção da cidadania e da democracia”.
Entre outras medidas, armava a actual administração no comunicado emitido, “a nível de entretenimento, os dois canais (1 e 2) deverão merecer maior atenção, com o melhoramento dos programas já existentes e o lançamento de novos ainda neste primeiro trimestre do ano”.
” (…) Essa política dará corpo a uma programação dirigida às mulheres, aos jovens, na preservação da cultura angolana, na divulgação de iniciativas e de projectos que em todo o país são realizados, muitas vezes desconhecidas ou esquecidas na média nacional”.
Esclarecia ainda o comunicado que lembrava que, desde a nomeação do actual conselho de administração, “há menos de dois meses”, a empresa procede à reorganização da estrutura, negociação com os credores e busca junto do accionista, o Estado, as condições materiais e financeiraspara os investimentos necessários”.
Segundo o mesmo comunicado, a administração da TPA “estabeleceu planos realistas para que os canais 1, 2, TPA Internacional e, futuramente, o Canal de Notícias possam servir os telespectadores, no quadro do cumprimento do serviço público de televisão”.
NJ