O presidente director-geral da Total, Patrick Pauyowné, referiu que a indústria de petróleos sofreu imenso com a baixo preço do crude. Com a tendência de subida dos preços agora um pouco acima dos 60 dólares por barril, existe uma oportunidade para um novo impulso na indústria em particular em Angola.
O director-geral da Total informou que a sua companhia e a Sonangol acordaram lançar uma parceria na distribuição de produtos petrolíferos, uma área em que a Total é líder.
Esta parceria vai permitir encontrar uma forma de fornecer de maneira eficiente produtos petrolíferos em Angola.
As duas companhias assinaram vários outros acordos para o relançamento da indústria petrolífera no país no segmento “upstream” e “downstream”.
Com base nos acordos assinados, será desencadeado um processo para entrada em exploração do bloco 48 ( bloco em águas ultraprofundas), seis anos depois de serem concluídos os últimos blocos que o país lançou para a exploração (2011).
“Estamos há seis anos a trabalhar com os mesmos blocos e nos últimos anos não temos exploração. De maneira que lançar a exploração em Angola é extremamente importante, porque é a partir daí que vamos assegurar o futuro enquanto companhia petrolífera”, disse o presidente do conselho de administração da Sonangol, Carlos Saturnino no final da assinatura dos acordos com o presidente director-geral da Total, Patrick Pauyowné.
Das actividades a realizar no “upstream” do bloco 17 consta o desenvolvimento e o início da produção de alguns activos que já foram identificados e descobertos há alguns anos, nomeadamente o Acácia, Zimia e Zimia na fase 2.
Quanto ao downstream, pretende-se criar uma companhia em espécie de joint venture ( 50% para Sonangol e 50% para Total), para trabalhar na distribuição de produtos refinados, com a possibilidade de participarem também na importação de produtos refinados, quando o mercado tiver a regulamentação em termos de liberalização.
Considerou este dossier importante, porque a nível da Sonangol distribuidora e logística poderá ter impacto no redesenhar da estrutura organizacional do posicionamento estratégico destas duas subsidiarias.
“Este dossier tem impacto directamente em vários sectores da economia nacional e na população. É algo prioritário”, considerou.
Consta também dos acordos assinados a formação do capital humano, troca de experiência e a integridade dos activos no Bloco 3.
A Total está em Angola a mais de 60 anos e tem uma produção estimada de 600 mil barris/dia, facto que lhe confere o estatuto de líder do mercado.
Actualmente, a Total E&P Angola – a 1ª petrolífera do país – já tem projectos no pré-sal (Bacia do Kwanza), o que comprova a sua capacidade em responder aos objectivos para os quais se propõe.
Angop