0,00 $

Nenhum produto no carrinho.

Trocas comerciais entre UE e Angola em queda desde 2014

Data:

As trocas comerciais entre a União Europeia (UE) e Angola caíram mais de metade entre 2014 e 2016. As exportações e as importações diminuíram 50%, com um saldo desfavorável para os europeus de 787 milhões de euros.

De acordo com os dados do Eurostat disponibilizados à Lusa, as trocas comerciais entre os 28 países europeus que ainda constituem a UE e Angola desceram de 16,1 mil milhões de euros, em 2014, para 7,5 mil milhões no ano passado.

As quebras foram sensivelmente idênticas quer nas exportações como nas importações de Angola.

O saldo destas trocas continua desfavorável para os europeus, mas em menor valor devido à redução das trocas comerciais.  as trocas desceram de 2,6 mil milhões, em 2014, para 3,1 milhões no ano seguinte e 787,9 milhões no ano passado.

Os dados de 2017, que contemplam apenas os meses de Janeiro a Agosto, mostram uma inversão da tendência.

Nesses oito meses a balança comercial foi favorável à UE em 1,2 mil milhões de euros. O fenómeno é explicado pela forte redução nas compras europeias a Angola, reduzidas essencialmente ao petróleo.

A diminuição do valor das importações dessa matéria-prima é justificado pelo abrandamento económico do país e pela forte queda do preço do petróleo desde meados de 2014.

No último relatório do Banco Africano para o Desenvolvimento, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e das Nações Unidas, ‘Perspectivas Económicas Africanas, divulgado em Maio, estas organizações chamavam a atenção para a necessidade de “atacar de forma mais significativa a dependência do petróleo, diversificar a economia e reduzir as vulnerabilidades”.

O “abrandamento na economia não petrolífera num contexto em que os sectores industrial, da construção e dos serviços ajustaram-se aos cortes no consumo privado e no investimento público” explica o resultado da evolução do crescimento do PIB no ano passado.

O Governo angolano “tomou medidas para mitigar o impacto do choque petrolífero na economia”. A racionalização da despesa pública, a eliminação dos subsídios aos combustíveis e a acomodação da desvalorização da moeda nacional são exemplos disso.

No entanto é preciso “medidas adicionais de política económica para estabilizar as condições macroeconómicas, melhorar a distribuição equitativa da riqueza e fornecer melhores serviços”.

As prioridades do executivo angolano, agora liderado por João Lourenço, têm de passar pelo “aumento do investimento em capital humano, aceleração da diversificação económica e redução das vulnerabilidades económicas”.

A quinta cimeira UE/África decorre entre 29 e 30 de Novembro em Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim. A cimeira terá como tema ‘Investir na Juventude para um futuro sustentável’. Estarão presentes no evento cerca de 80 chefes de Estado e de Governo dos países europeus e africanos.

 

NJ

Partilhar o conteúdo:

Inscreva-se AGORA

spot_imgspot_img

Vale a pena ler de novo!

Conteúdos de
ACTUALIDADE

Pesquisas Trump vs. Harris 2024: a liderança de Harris atinge recorde de 6 pontos na última pesquisa

A vice-presidente Kamala Harris lidera o ex-presidente Donald Trump...

Músico Sean ‘Diddy’ Combs é preso sob várias acusações

O músico norte-americano Sean “Diddy” Combs foi preso nesta...

Custo do iPhone 16 vs salário mínimo em 10 países africanos

A pré-encomenda começou na passada, sexta-feira, 13 de Setembro...

Apple perde 100 biliões de dólares com queda de acções

As acções caíram 3% no meio da tarde, eliminando...