O governo de Donald Trump prepara-se para impor uma taxa extra aos vistos H‑1B, voltada especialmente para startups europeias de inteligência artificial — uma medida que pode alterar a rota de talentos globais e reduzir a competitividade dos empreendimentos inovadores fora dos EUA.
De acordo com uma análise publicada na Forbes, o novo plano do governo Trump inclui um acréscimo nas taxas dos vistos H‑1B, com impacto directo sobre as startups tecnológicas, especialmente em países europeus de Inteligência Artificial (IA). A mudança visa, segundo fontes ligadas ao projecto, reduzir a dependência de mão de obra estrangeira e promover a substituição por talentos nacionais.
Startups de IA na Europa, que dependem de talentos estrangeiros para acelerar o desenvolvimento, poderão ser compelidas a reavaliar os seus planos de contratação e expansão global devido ao custo adicional imposto pela mudança de política.
Se aprovadas, as novas taxas representarão um custo extra significativo para empresas em fase de escala, que já enfrentam restrições de financiamento, escassez de talento e competição global intensa por profissionais de tecnologia.
Análise Editorial
A proposta de taxa extra sobre vistos H‑1B actua como uma barreira protecionista disfarçada de reforma migratória. Ao tornar mais custoso para startups europeias trazer talentos, os EUA reforçam o seu domínio tecnológico enquanto colocam um freio no florescimento da nova geração global de criadores de IA.
Para África, essa medida pode representar uma oportunidade indirecta: startups africanas poderão captar talentos que agora encontrarão barreiras nos EUA, desde que os ecossistemas locais ofereçam condições competitivas — como acesso a capital, infraestrutura e políticas de retensão de talentos.
Mas o risco existe: o aumento de custo pode empurrar projectos menores para fora do mapa ou empobrecer a inovação global. O mercado tecnológico é global por natureza — quem cria barreiras hoje, pode pagar o preço da estagnação amanhã.
