A UNITA, maior partido da oposição, justificou, ontem no acto da aprovação do OGE2018, o voto contra com o facto de o texto final “incorporar os mesmos vícios e as mesmas práticas de má governação dos anos anteriores”.
“A estrutura deste orçamento constitui uma traição aos angolanos que clamam por mudança“, disse o deputado da UNITA Costa Júnior.
“É mais um OGE que empobrece os angolanos, penaliza o sector social, agrava as assimetrias regionais, desinveste no sector produtivo e mantém as opções de política que acarretam falta de transparência”, declarou, Adalberto da Costa Júnior.
Disse que o seu partido identificou a problemática da dívida pública como factor central deste orçamento, influenciando negativamente as diversas variáveis macroeconómicas, constituindo um imperativo proceder uma auditoria séria e patriótica à dívida pública que, no seu entender, está eivada de corrupção que graça o país.
O grupo parlamentar da UNITA diz ainda ter identificado aspectos essenciais neste orçamento que deveriam merecer uma abordagem aprofundada e procurou contribuir na busca de soluções, mas que foram motivos de interpretações pejorativas e de desconfianças.
“Apontamos as debilidades deste orçamento, para além da auditoria à dívida pública, a necessidade da despartidarização do orçamento, eliminando o financiamento às inúmeras organizações de utilidade pública que continuam a receber verbas do OGE, mas dedicam-se actividades partidárias“, vincou.
Fez saber ainda que o Executivo rejeitou também as medidas de fiscalização preventiva da execução orçamental pela Assembleia Nacional, que propuseram ao longo das discussões na especialidade.