Formado nas escolas do Real Sambila, Vladimiro Etson António Félix, mais conhecido por Vá, foi o destaque da selecção nacional de futebol durante a primeira fase do CHAN’2018, que decorre em Marrocos, ao ser nomeado por duas ocasiões melhor jogador em campo, nomeadamente no empate a zero com o Burkina Faso e na vitória por 1-0, frente aos Camarões.
De apenas 19 anos, o jogador ajudou os Palancas Negras a se qualificarem para os quartos-de-final desta prova para os atletas que actuam nos seus países, sobretudo no segundo encontro, onde sofreu a falta de que resultou em grande penalidade.
A vitória nesta partida aumentou as chances para o esperado apuramento, porque o combinado nacional passou a precisar de apenas um ponto na jornada derradeira.
O futebolista, que esta época vai representar o Leixões da segunda liga portuguesa, tem sido uma dor de cabeça para a defesa contrária, devido à sua rapidez, dribles e desmarcações.
No primeiro jogo saiu aos 86 minutos, no segundo fez os noventa e no terceiro, com o apuramento quase decidido, entrou aos 76 minutos.
Landu – O dono e senhor da baliza angolana. Tem sido um verdadeiro pilar, intransponível, com defesas espectaculares. Salvou a selecção em muitos casos de golo feito. No primeiro encontro notabilizou-se com pelo menos duas defesas de vulto, aos dez minutos, tirando para canto um cabeceamento na sua pequena área, e aos 17, quando Wilson foi batido, defendeu uma bola no duelo com o atacante burkinabe.
Na segunda partida, contra os Camarões, fez uma defesa estupenda, após remate de um contrário, aos 84 minutos.
Fez os noventa minutos nos três jogos.
Mira – Batalhador, tem sido o lateral (direito) que mais sobe, fazendo tabelinha ora com Job ora com Vá. Dos seus pés têm saído vários cruzamentos, mas não correspondido pelos avançados.
Totalista nas três partidas
Tó Carneiro – Uma grata surpresa. Atleta sub23, foi chamado para ser o dono do lugar esquerdo da defensiva e tem-lo feito com perfeição. Tem mostrado raça, bom posicionamento. Livrou Angola da derrota contra os burkinabes, quando, já perto do final, cortou uma bola que já se encaminhava para dentro da baliza.
Jogou noventa minutos nos dois primeiros jogos, no terceiro foi poupado.
Nary – Tem sido um verdadeiro bombeiro no centro da defesa. Além de fazer a sua parte tem auxiliado o seu companheiro de posição. Mais leve e flexível desdobra-se muito bem, fazendo as devidas compensações quando Wilson fica batido. Os trinta anos de idade parecem não pesar.
Totalista nos três encontros.
Wilson – Tem-se mostrado intranquilo, um pouco nervoso. Algumas vezes foi batido pelos avançados, sobretudo no primeiro jogo. Se não fosse a boa intervenção de Landu, Angola sofreria o primeiro golo. Parece estar pesado, mas tem sido muito bem compensado por Nary.
Actuou os noventa minutos nas três partidas.
Herenilson – Médio trinco sub-23 do Petro de Luanda, já habituou os angolanos às boas exibições. Quase não falha, sempre certeiro nas marcações. Bom sentido de posicionamento. Joga e faz jogar os colegas.
Também totalista
Almeida – Também certeiro no meio campo dos Palancas Negras. É o jogador que mais luta naquela posição, que vai ao choque. Muito combatido, sobretudo com os Camarões onde enfrentou latagões. Em consequência do esforço neste desafio saiu tocado aos 87 minutos. Não jogou contra o Congo Brazzaville.
Paty – Esperava-se mais dele, sobretudo nos remates, um dos seus fortes. É dos jogadores com alguma tarimba. Tem falhado alguns passes.
Saiu no segundo jogo, aos 75 minutos, e no terceiro, aos 82.
Job – Um verdadeiro capitão. Enquanto esteve em campo deu o seu máximo. Lutou, cruzou e ainda marcou o golo contra os Camarões de grande penalidade.
Na primeira partida saiu aos 77 minutos, na segunda aos 65 e na terceira, aos 76.
Fofó – Tem trabalhado muito no ataque, mas ainda não se encontrou com os golos. Foi rendido aos 90 minutos, no primeiro encontro, e no terceiro, aos 64.
Mano Calesso – Nas duas primeiras partidas entrou sempre a render o capitão Job. Tentou imprimir a velocidade que o é característico, mas não resultou em nada. Contra o Congo jogou os noventa minutos para fazer descansar o miúdo Vá.
Manguxi – Jogou apenas 15 minutos na segunda partida para o lugar de Paty. Teve uma oportunidade de golo, já para além dos noventa, mas rematou à figura do guarda-redes. Na jornada derradeira alinhou os noventas, mas o encontro também não ajudou para mais.
Kaporal –Na ronda inaugural substituiu Fofó, já sobre o minuto noventa, uma alteração apenas para queima de tempo. Ficou lesionado e não fez o segundo jogo. Já no terceiro entrou mais cedo, aos 64, numa troca de avançados, mas não resultou em nada.
Chiló – Entrou aos 86 minutos no primeiro encontro. No segundo não saiu do banco e no terceiro rendeu Paty, aos 82 minutos. Pouco ou nada fez.
Depaizo – Foi chamado para fazer descansar Tó Carneiro no lado esquerdo contra os congoleses. Saiu-se bem. Também o encontro não exigia muito.
Celson Barros – Entrou aos 87 minutos para o lugar de Almeida, na segunda partida. Não teve tempo de mostrar as suas qualidades.