Em declarações prestadas, depois do anúncio da conclusão da transacção, o Banco Nacional de Angola (BNA) procurou tranquilizar o mercado quanto a suposições de uma virtual degradação das reservas internacionais, definidas como os activos em moeda estrangeira disponíveis para o país fazer face às obrigações com o exterior e a choques de natureza externa tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país.

De acordo com o BNA, “os títulos disponibilizados ao mercado, embora denominados em moeda estrangeira, por terem como emissor o Tesouro Nacional, não são elegíveis enquanto activos de reserva e, assim sendo, a sua venda definitiva ao mercado não tem qualquer impacto nas reservas internacionais”.

A transacção, afirmou o BNA para explicar da venda realizada em moeda nacional na Bolsa de Dívidas e Valores de Angola (Bodiva), representa um novo instrumento denominado em moeda externa.

“O pagamento de juros de cupão e resgate dos títulos vendidos será efectuado aos novos titulares em moeda estrangeira, em conformidade com os termos da ficha técnica dos títulos, permitindo aos novos titulares a cobertura cambial e a exposição a um instrumento denominado em dólares norte-americanos”, acrescentou o BNA. Nas informações prestadas à nossa reportagem, o banco central também clarifica os títulos são parte da carteira do Banco Nacional de Angola, não representando uma nova emissão.

Na segunda-feira, o BNA anunciou ter esgotado o volume de OT-ME avaliado em 321 milhões de dólares, colocada no mercado através da Bodiva, com a venda total dos títulos e a absorção de 198,9 mil milhões de kwanzas. Os títulos em referência foram emitidos pelo Tesouro Nacional no dia 10 de Maio de 2021 e têm como data de vencimento o dia 10 de Maio de 2026.

JA