Moradores dos arredores dos distritos do Camama e Cidade Universitária consideram nesta sexta-feira que a construção do viaduto na via expressa comandante Fidel Castro-Golfo II, no troço Talatona-Viana, põe fim a anos de trânsito infernal e muita poeira, com implicação à saúde dos munícipes.
Os munícipes reagiam à abertura na sexta-feira do viaduto da Camama em cerimónia orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, pouco antes de percorrer parte do nó elevado.
As obras duraram oito meses e o nó tem capacidade para receber a circulação de cerca de nove mil viaturas por hora.
Impacto na saúde pública local
Para Alberto António Manuel, coordenador da Comissão de moradores, desapareceram as tosses e outras implicações provocadas pela poeira e os transtornos no trânsito devido a inundações na rotunda sempre que chovesse.
O idoso conta que quando se mudou para a Camama, em 1999, a área era um descampado e que o conjunto de obras públicas e projectos implementados sobrevalorizaram consideravelmente os terrenos.
O administrador distrital do “Campo Universitário”, Antunes Huambo, disse que a localidade passou, com a empreitada e outras obras estruturantes, de rural a urbana.
Antunes Huambo considerou um ganho para o município, porquanto, vai melhorar a rapidez na circulação rodoviária, agradecendo a contribuição e compreensão das 17 famílias realojadas que cederam os seus terrenos ou parte deles para viabilizar a obra.
O jornalista João Dias conta que passar por aquela zona era um calvário, principalmente, no tempo chuvoso.
O periodista adianta que se podia fazer uma ou duas horas na travessia daquele troço devido aos buracos, lama e o fluxo de viatura.
Marisa Eliane, de 25 anos, salientou que com o viaduto vai ser mais fácil e seguro conseguir boleia para entrar e sair do bairro.
Facilidade na regulação do Trânsito
O administrador do cemitério da Camama, Jerónimo Chilunda, afirmou que o viaduto vem demonstrar o interesse de o governo melhorar as condições na circulação viária, reduzindo atrasos e sendo um ganho também para as populações das zonas circunvizinhas.
O comandante da polícia do distrito urbano da Camama, superintendente, Carlos Fernandes, reporta que era muito difícil regular o trânsito no local, principalmente, no tempo chuvoso.
É um grande ganho. Pode, inclusive, descongestionar o tráfego das cidades do Sequele e do Kilamba, uma vez que os motoristas deixarão de ter necessidade de dar à volta pela ponte molhada, em Talatona
O automobilista João Paulo acredita em muitos benefícios, apesar dos constrangimentos provocados pelas obras.
Paulo André, que também é técnico de telecomunicações, encoraja o executivo a prosseguir com a construção de obras do género.
Zonas ultraperiféricas também beneficiam-se com o viaduto
Rufino Chiquito André, presidente da comissão de moradores do sector 5 no bairro Dangereux, disse que o nó da Camama corresponde aos anseios dos munícipes e também facilita a vida aos automobilistas.
O viaduto de Camama é o último de seis construídos na capital angolana, destinados a beneficiar o tráfego proveniente das diversas localidades para facilitar a circulação dos veículos, pessoas e mercadorias, além de melhorar, a mobilidade e acessibilidade, de acordo com as directrizes no Plano Director Geral Metropolitano de Luanda (PDGML).
Enquadra-se num conjunto de obras que visam a melhoria dos acessos ao novo Aeroporto Internacional de Luanda.
A construção incluiu a micro e macrodrenagem, o elevado do nó viário da rotunda do Cemitério de Camama e o binário na Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, na província de Luanda.
A via expressa/Camama/Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy” tem aproximadamente 10,5 quilómetros.
Angop