Após a notícia divulgada ontem, onde Carlos Duarte garantia a sua demissão da liderança do banco, em função do “desalinhamento com as questões fundamentais da estratégia para a recuperação do banco”, o Ex-BESA confirma em comunicado e aponta Victor Cardoso como o novo CEO.
Victor Cardoso vai ser o novo presidente executivo do Banco Económico (BE), na sequência da renúncia de Carlos Duarte, anunciou hoje a instituição financeira em comunicado.
Segundo o documento, Carlos Duarte renunciou às funções de presidente da Comissão Executiva e membro do Conselho de Administração “por motivos pessoais”, com efeitos a partir da próxima segunda-feira.
Carlos Duarte confirmou que iria deixar o cargo, em rota de colisão com aquilo que são as opções dos accionistas para a recuperação do banco.
“Há um desalinhamento com as questões fundamentais da estratégia para a recuperação do banco”, disse ao Expansão, o que na prática significa que não concorda com as medidas que foram aprovadas na última assembleia geral. Aliás, o Expansão já tinha noticiado que Carlos Duarte tinha mostrado algum descontentamento durante esta assembleia.
Face à decisão, o Conselho de Administração nomeou o administrador Victor Cardoso como presidente da Comissão Executiva, decisão pendente ainda da aprovação do Banco Nacional de Angola (BNA).
Entretanto, de acordo com o comunicado do ex-BESA, Victor Cardoso “dispõe de um sólido currículo académico e um percurso profissional notável no sistema financeiro, tendo desempenhado ao longo de vários anos as funções de administrador de diversas instituições financeiras em Angola e no exterior, estando as suas aptidões e experiência perfeitamente adequadas para a nova função”
Por sua vez, Jorge Ramos foi reconduzido como administrador executivo e membro do Conselho de Administração do BE, que destaca o seu “percurso de mais de 30 anos no sistema financeiro e o seu papel preponderante na gestão” do banco.
O Banco Económico tem em curso um plano de recapitalização e reestruturação, que prevê despedimentos e cuja continuidade está assegurada, segundo o Conselho de Administração, que pretende reafirmar o banco “como uma das principais instituições do sistema financeiro angolano”.
O Económico avançou que vai despedir, até final de Junho, 68 colaboradores e encerrar 11 agências nas províncias de Luanda, Bengo e Benguela.
Expansão