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Visita de António Costa à Angola reforça linha de crédito

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António Costa chega segunda- feira a Luanda para uma visita de dois dias com a qual os dois países pretendem aumentar e diversificar as relações económicas.

O primeiro-ministro português e o Presidente angolano vão assinar vários acordos, entre os quais um Programa Estratégico de Cooperação 2023-2027, que inclui um reforço da linha de crédito Portugal-Angola cujo montante passará de €1,5 mil milhões de para €2 mil milhões.

Nesta visita, que tem por lema “Construímos relações sólidas” e que foi antecedida por um Fórum Económico, estão também previstos encontros com mais de uma centena de empresas portuguesas de vários sectores.

A aposta é ir ao encontro da necessidade angolana de investimento (manifestada por João Lourenço em entrevista) e também de diversificação da economia que é, de resto, uma das prioridades defendidas pelo FMI.

O gabinete do primeiro-ministro salienta mesmo os “esforços portugueses para con- tribuir para a diversificação da economia angolana, com aposta em novas áreas: águas e ener- gia, engenharia e construção, a agroindústria, a energia, o turis- mo, a indústria farmacêutica, a educação ou o têxtil”.

O sector petrolífero representa cerca de um quarto do PIB angolano e quase metade das receitas do Estado, o que deixa Angola demasiado exposta às flutuações nos mercados inter- nacionais.

Os principais riscos este ano são, precisamente, descidas mais acentuadas no preço do petróleo, mas também condições climatéricas adversas que possam prejudicar a produção agrícola ou agravamento dos custos internacionais das matérias-primas e bens alimentares.

Angola recorreu a um emprés- timo do FMI em 2018, que ter- minou no final de 2021 mas que ainda está a ser pago. No ano passado, o crude esteve longos períodos acima dos 100 dólares e Angola cresceu 3%. Este ano, em que a média anda nos 80 dó- lares, a economia deve abrandar.

Em março, o relatório do FMI ainda apontava para uma ace- leração este ano. Mas há outras previsões, como é o caso da agência de rating Fitch, que apontam para valores inferiores a 2%. Em qualquer caso, será sempre um ano de crescimento e de recuperação, o terceiro consecutivo, depois de meia década de recessão (2016-2020).

A inflação caiu no ano passado, depois de se ter aproximado dos 30% em 2021, mas ainda deverá andar em redor de 13% este ano. O mercado angolano está no top 10 das exportações de bens portugueses, mas a grande dis- tância dos principais parceiros.

Em 2022, o país africano repre- sentou menos de 2% das expor- tações nacionais — numa tabela liderada por Espanha (27%) — e menos de 1% das importações. Em sentido inverso, Portugal não aparece sequer na lista dos principais destinos dos produtos angolanos.

Jornal Expresso 

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