O consórcio que vai lançar a Nigéria Air será liderado pela Ethiopian Airlines, que ficará com 49% do capital da companhia aérea que o governo quer criar. Operadores nacionais alegam que com este tipo de parcerias, os interesses nigerianos serão relegados para segundo plano.
A escolha da Ethiopian Airlines como principal investidor e parceiro técnico da transportadora aérea que o governo federal quer criar, a Nigeria Air Limited, está a gerar controvérsia na aviação comercial, por entrar em rota de colisão com os interesses nigerianos na disputa de mercado na aviação comercial africana.
O ministro da Aviação, Hadi Sirika, anunciou o acordo para o estabelecimento da Nigeria Air com um capital social de 300 milhões USD, mas a estrutura accionista desencadeou “turbulência” mesmo antes da nova transportadora aérea descolar, com acusações de “farsa” pelo meio.
Numa conferência de imprensa no final de Setembro, o ministro da Aviação informou que a Ethiopian Airlines foi seleccionada como proponente preferencial, após um “processo detalhado de selecção”, conduzido pela Comissão Reguladora da Concessão de Infraestruturas (CICV).
Hadi Sirika acabou por admitir, segundo o Daily Trust, que havia mais interessados, mas “não conseguiram cumprir o prazo” e como o governo não recebeu as propostas não está em condições de dizer quem são.
A Emirates, que em Agosto anunciou a suspensão da operação na Nigéria por não conseguir repatriar receitas, ofereceu-se para ajudar o governo federal a criar a Nigeria Air, mas “não concorreu a qualquer participação accionista na futura empresa”, segundo noticiou em Abril Aeroin, publicação especializada na aviação.
Expansão