Os Estados Unidos da América é o país com mais novos milionários seguido da China e do Canadá, no relatório do Credit Suisse . Em sentido inverso, a lista é liderada pelo Japão, que perdeu 395 milionários. Itália tem menos 135 milionários e a Alemanha menos 58.
A tendência de crescimento da fortuna e da concentração mantém-se até 2026. Já as famílias africanas têm 1,3% da riqueza global, mas tiveram o quinto maior crescimento em 2021.
A riqueza no mundo atingiu os 463,6 biliões USD no final de 2021, um crescimento de 9,8% em relação ao ano de 2020 e muito acima da média de crescimento anual de 6,6% deste início do século, revela o Relatório Global da Riqueza do Instituto de Pesquisa do Credit Suisse, um grupo de reflexão do banco suíço, que analisa a riqueza das famílias desde a crise financeira de 2008.
O relatório revela uma maior concentração do dinheiro após a pandemia, com 45,6% da riqueza nas mãos do 1% de pessoas mais ricas, ou seja 1,7% mais concentrada do que em 2019, o que veio aumentar as desigualdades.
As famílias africanas com 5,8 biliões USD detêm 1,3% da riqueza global, o que traduz um crescimento de 7,7%, a quinta maior subida entre regiões, acima da Ásia-Pacífico e da Europa.
Anthony Shorrocks, na apresentação do relatório, apontou o aumento das acções a um ritmo mais alto do que em anos anteriores e a descida das taxas de juros dos bancos centrais como principais razões para o incremento da riqueza.
Segundo Nannette Hechler-Fayd”herbe, responsável de análises do Credit Suisse, ainda “é muito cedo” para determinar o impacto da guerra na Ucrânia, da inflação e dos problemas nas cadeias de abastecimento globais, factores que “podem levar a uma reversão da tendência” verificada em 2021.
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