BASTA QUE SE INSCREVA COM O SEU EMAIL E NOME PARA DESBLOQUEAR O CONTEÚDO!
A gigante petrolífera BP (British Petroleum) está novamente no centro das atenções, desta vez como possível alvo de aquisição por grandes grupos energéticos internacionais.
Este processo pode estar a acontecer numa altura em que a sua capitalização de mercado desvalorizou de forma acentuada, ficando abaixo das £ 56 mil milhões — menos de metade do valor da sua rival Shell.
O cenário levanta sérias interrogações sobre o futuro da petrolífera britânica, historicamente influente no sector, mas que hoje se encontra vulnerável devido a uma combinação de factores: estratégia instável, mudanças na liderança e pressão de investidores activistas, como a Elliott Advisers, que recentemente passou a constar do registo de accionistas da BP.
Contexto para Angola e África
Para países africanos como Angola, onde a BP tem presença histórica no sector petrolífero, uma eventual fusão ou aquisição poderá alterar os actuais arranjos de exploração, parceria com o Estado e políticas locais de conteúdo nacional. A entrada de um novo grupo controlador poderá representar novas oportunidades de investimento, mas também reestruturações contratuais.
Shell e ExxonMobil são as principais interessadas
Fontes do mercado avançam que a Shell tem avaliado os números para uma eventual oferta, apesar de o seu CEO, Wael Sawan, ter afirmado que prefere investir em recompra de acções próprias. Analistas consideram esta posição como sofisma estratégico, dado que os manuais internos de fusões e aquisições da indústria sugerem que uma compra da BP pela Shell poderia gerar valor significativo, mesmo com o tradicional prémio de aquisição.
Contudo, a ExxonMobil pode ser a verdadeira surpresa neste jogo de interesses. A multinacional americana vê na BP um portfólio complementar, sobretudo nas operações de exploração e produção, com menos obstáculos regulatórios caso decidam avançar para a compra. Para a Exxon, o acesso à divisão de comercialização energética da BP seria uma aquisição altamente estratégica.
Intervenção do Governo Britânico em causa?
Resta saber se o governo do Reino Unido permitirá uma possível aquisição por uma empresa norte-americana, o que poderá desencadear uma batalha política e económica em torno do controlo de um dos seus maiores símbolos industriais.