A entrada da carteira digital trará um impulso adicional ao processo de inovação dos produtos financeiros móveis e estimulará a concorrência no mercado nacional, assinalou ontem o PCA da empresa.
O presidente do conselho de administração (PCA) da Afrimoney, Gonçalo Faria, que falava durante a conferência de imprensa que teve lugar na sexta-feira, 21, em Luanda e que serviu para apresentar a nova solução de serviços financeiros móveis do País.
“A ENTRADA DA AFRIMONEY EM ANGOLA CONFIRMA AS DIALÉCTICAS DAS RELAÇÕES ENTRE ANGOLA E OS ESTADOS UNIDOS E DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DE UM AMBIENTE DE NEGÓCIOS CADA VEZ MAIS ATRACTIVOS PARA INVESTIMENTO INTERNACIONAL”, FRISOU.
Trata-se de uma carteira digital que a quarta operadora móvel do País desenvolveu e opera em três países africanos, que de acordo com o executivo, vai “reforçar” o panorama financeiro nacional através da inclusão digital da população bancarizada e não bancarizada.
“A Africell já opera companhias de serviços móveis (Afrimoney) na República Democrática do Congo (RDC), Serra Leoa e Gâmbia, onde milhões de utilizadores poupam, compram e pagam ou investem, obtendo novas oportunidades de crescimento social e económico”, realçou Gonçalo Faria.
Educação financeira
A directora-geral da Afrimoney disse, durante a referida cerimónia, que o facto de cerca de 80% da população trabalhar no sector informal da economia e utilizar dinheiro vivo nas transações, constitui é um sinal de que o mercado necessitava de uma entidade que impulsiona a digitalização.
“Estes indicadores motivam-nos a implementar este serviço no País, porque há muita circulação (de dinheiro) apesar de haver um sistema bancário robusto o suficiente”, disse Kátia da Conceição.
Numa primeira fase, enumerou, os utentes poderão efectuar depósitos, transferências, levantamentos de moedas, pagamentos digitais de serviços, compras de recargas electrónicas e outros. “Depositar dinheiro é o primeiro espaço para a digitalização. É aqui onde o Afrimoney tenciona despender muito tempo e muito esforço para garantir que tenhamos todos acesso a educação financeira”, salientou.
“DO NOSSO LADO HÁ UMA TAREFA MUITO GRANDE QUE É EDUCAR A POPULAÇÃO SOBRE OS BENEFÍCIOS DO SERVIÇO E QUE POSSAM CONFIAR NO AGENTE DE RUA, NO COMERCIANTE QUE VAI MANUSEAR O DINHEIRO”, ADMITIU.
A Africell é a operadora que venceu o último concurso público para a exploração de serviços de telefonia móvel, alcançando em um ano cifra de sete milhões de clientes e gerou mais 300 colaboradores directos em Luanda e Benguela.
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