Cinco empresas angolanas e três estrangeiras licitaram concessões petrolíferas das bacias terrestres do Baixo Congo e do Kwanza, no desfecho do concurso público internacional lançado em Dezembro, no quadro de uma estratégia institucional projectada para travar o declínio da produção petrolífera do país.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), declarou que a Somoil, Mineral One, Simples Oil, Alfort Petroleum e AIS Angola habilitaram-se como operadoras, respectivamente dos blocos Congo 1, Congo 6, Kwanza 6, Kwanza 8 e Kwanza 9.
Segundo a ANPG, a Somoil e a Mineral One também aparecem na qualidade de parceiras ao longo da licitação em que as operadoras seleccionadas lideram grupos empreiteiros integrados pelas empresas angolanas Monka Oil, Omega, Prodoil, Prodiam, Upitec, Servicab e Sonangol Pesquisa e Produção.
A canadiana MTI Energy foi seleccionada para os blocos Congo 5, Kwanza 5, Kwanza 17 e Kwanza 20, de acordo com o comunicado em que a ANPG revela estas informações, anunciando ainda a norte-americana Itanka Group como parceira no Bloco Congo 1 e a companhia da mesma proveniência Brite’s com a mesma categoria nos blocos Kwanza 9, Kwanza 17 e Kwanza 20.
Neste quesito, com o anúncio dos resultados do concurso e da composição dos grupos empreiteiros, inicia o processo de negociação com cada um dos vencedores, para que o processo prossiga os trâmites legais e se possa passar à prospecção e exploração.
O documento, cita o Conselho de Administração da ANPG a considerar que estes resultados são particularmente relevantes, porque com este processo de licitação onshore, foi possível atrair empresas estrangeiras que habitualmente não estão presentes no nosso país e que são novos ‘players’ no sector petrolífero.
No início deste mês de Setembro, na Conferência Angola Oil & Gas, organizada em Luanda pela consultora Energy Capital & Power, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, considerou ser importante que os quadros nacionais e as empresas nacionais tirem proveito das grandes oportunidades geradas pela cadeia de valor deste sector.
“Este é um factor que pela sua grande importância e significado, deve ser considerado nos estudos de viabilidade dos projectos de investimento para o sector petrolífero”, propôs Manuel Nunes Júnior, lembrando que o Governo angolano aprovou em 2020, um novo Regime Jurídico para o Conteúdo Local do sector petrolífero, cuja supervisão está a cargo da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
RNA/CD