O antigo capitão dos Palancas Negras, Alcibíades Mayecu Akwá aponta o nome do ex-coordenador das selecções nacionais da Federação Angolana de Futebol (FAF), Alves Simões, na altura sob gestão de Justino Fernandes, de ter supostamente se beneficiado dos 260 mil dólares dados pelo Governo em 2009, por orientação do então Primeiro Ministro, Paulo Cassoma, para o pagamento da sua divida ao órgão reitor do futebol mundial.
O ex-goleador-mor do combinado angolano foi castigado em 2008, pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), depois do Al-Wakra, clube do Qatar no qual actuava, o ter acusado de abandonar a equipa para defender Angola no Campeonato Africano das Nações (CAN) de 2006.
Em entrevista concedida à Rádio Despertar, o antigo capitão dos Palancas Negras, Akwá, que desmente informações que dão conta do desbloqueio da multa com à FIFA, lamenta o facto de o dinheiro disponibilizado em 2009 por orientações do ex-Primeiro Ministro Paulo Cassoma, não ter chegado às suas mãos e aponta mesmo o nome de Alves Simões, na altura coordenador das selecções nacionais, como o principal suspeito pelo alegado desvio dos 260 mil dólares.
Akwá desafia o actual presidente do Inter Clube de Angola, Alves Simões, a provar o contrário sobre o dinheiro dado pelo governo para o pagamento da multa à Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA).
No seu desabafo, devido a falta de reconhecimento por parte das entidades angolanas, o antigo “camisola 10” da selecção nacional que se viu obrigado a encerrar a sua carreira aos 30 anos em consequência da suspensão pela FIFA, lamenta a conduta dos dirigentes desportivos nacionais a sua situação e dispensa qualquer gesto de elogios e enaltecimento depois da sua morte, pois pensa que o reconhecimento deve ser prestado enquanto estiver em vida.