Angola ascendeu cinco lugares no “Índice Global de Inovação”, informou, quarta-feira, em Luanda, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança.
A ministra disse à imprensa, durante a abertura da sessão de trabalhos para a apresentação do Regime Jurídico do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que em 2021, Angola estava na última posição do Índice Global de Inovação, de um total de 132 países, liderados pela Suíça.
Dois anos depois, o país ascendeu cinco lugares, passando para a posição 127, após uma prévia avaliação em relação à produção científica, ambiente de negócios, sofisticação de negócios, acesso à Internet, tecnologias de informação e comunicação.
Maria do Rosário Bragança adiantou que, para alcançar patamares mais altos, Angola precisa de melhorar a educação nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, assim como de engenharia e matemática.
Para melhorar o actual quadro, o ministério retomou o trabalho de apresentação pública do Regime Jurídico do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação aos membros do Executivo, com destaque para os secretários de Estado e quadros seniores de vários departamentos ministeriais a trabalharem no sector.
Para a ministra, o Decreto Presidencial, que estabelece as normas de funcionamento do ministério, vai ajudar os intervenientes a compreenderem os passos necessários para mudar a actual realidade. “Depois de seis anos,desde a implementação, verificámos algumas debilidades que precisamos superar”, disse.
Entre os aspectos a melhorar, a ministra apontou a necessidade de tornar o Decreto mais abrangente, porque é exclusivo às instituições públicas, porém precisa de ser mais inclusivo e contar também com o contributo dos privados.
O sistema de Ensino Superior, esclareceu, integra, além destas instituições, as empresas públicas e privadas, que actuam na investigação e desenvolvimento. A maioria, disse, precisa de ser organizada e estruturada de acordo com as normas do regime jurídico para melhorar a forma de actuação.
“Entre as instituições de pesquisa, é preciso destacar a Fundação para o Desenvolvimento Científico Tecnológico (FUNDECIT), que não realiza pesquisas científicas, mas dá suporte ao processo através da gestão, financiamento, avaliação e acreditação. Outras instituições essenciais ao processo são as incubadoras de empresas, que têm a função de acelerar o surgimento de parques tecnológicos. A lista é concluída pelas academias de ciências, consideradas conselheiras do Estado angolano na definição das Políticas de Ciência e Tecnologias”, referiu.
JA