Angola retomou as taxas de crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB), em 2022, atingindo um crescimento em cerca de 2,8% do PIB, informou a ministra das Finanças. Segundo Vera Daves, perspectiva-se um crescimento em torno de 3,3% em 2023.
Quanto ao rácio da dívida, a ministra informou que se situou em torno de 62% do PIB, e apresentou uma trajectória decrescente em relação ao ano de 2021, que esteve em torno 130%.
“Estamos também a ter uma trajectória decrescente da taxa de inflação. Como sabem, viemos de 40% em 2017 e terminamos o ano de 2022 com uma inflação perto de 14%”, disse a governante, que falava durante um encontro com uma delegação de empresários franceses, acompanhados pela Embaixada de França em Angola, na sexta-feira, 03.
Segundo Vera Daves, há também indicadores positivos que indicam estabilidade a nível do mercado cambial e uma trajectória decrescente da inflação, sendo que o Banco Nacional de Angola (BNA) está neste momento,“comprometido em colocar a taxa de inflação em médio prazo a um dígito”.
“Só falta uma conta nesta equação, que é assegurarmos que a performance da economia real seja forte o suficiente para fazer o PIB crescer acima da taxa de crescimento da população, fazer reduzir a significativa taxa de desemprego e ter impacto na vida das populações melhorando assim o seu nível de renda familiar”, referiu.
Em relação ao sector privado, disse aos empresários que Angola precisa de parceiros que a ajudem a crescer com soluções e negócios na área agrícola, industrial, pescas, turismo com o agronegócio, no qual a França tem um potencial sustentável.
Desenvolvimento do Capital Humano
A titular da pasta das Finanças informou também que Angola está a fechar o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) para o período 2023-2027 tendo como prioridades três eixos que vão contribuir para o célere desenvolvimento do país nos próximos cinco anos.
Um dos pilares do novo PDN, segundo Vera Daves, está relacionado ao Desenvolvimento do Capital Humano, com vista a assegurar um maior número de crianças no sistema escolar, que o ensino superior faça entregas de qualidade, bem como a formação técnica profissional.
O segundo pilar refere-se à modernização e expansão das infra-estruturas do país com destaque para a mobilidade, estradas, caminhos-de-ferro, habitação, energia e águas. E o terceiro pilar assenta na diversificação da economia, com realce para a melhoria do ambiente de negócios, agronegócios, indústria, pescas e turismo.
A Ministra das Finanças avançou, por outro lado, que existe um forte interesse de França em cooperar com Angola e esse interesse é manifesto pelo mais alto nível, por parte das autoridades politicas, governamentais e a classe empresarial.
O encontro com o grupo de empresários franceses, realizou-se no âmbito da visita do presidente francês, Emmanuel Macron, ao país, na sexta-feira. Segundo comunicado do MINFIN, os empresários manifestaram interesse no sector da Agricultura, Agronegócio, Saúde, Telecomunicações, Saneamento Básico, Cibersegurança, Inclusão Financeira e financiamento bancário.
ANGOP