A ministra das Finanças admitiu esta semana que o Estado tem muito património não registado, bem como dinheiro espalhado que não sabe que existe, apelando ao reforço da fiscalização para assegurar o cumprimento das regras orçamentais.
A Ministra, disse existir ainda muito dinheiro fora do controlo do Estado face ao elevado número de contas bancárias, umas autorizadas e outras não de organismos públicos, à margem da Conta Única do Tesouro (CUT).
Vera Daves fez estas afirmações no workshop sobre o Sistema de Controlo Interno, de iniciativa da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), que acontece em formato virtual e presencial.
De acordo com a ministra, é preciso atacar em bloco às infracções de ter-se património financiado com dinheiro do Estado, mas não registado em nome deste. Para tal, Vera Daves pede transparência e responsabilidade aos gestores públicos.
O evento que encerrou ontem, 7 de Setembro, foi aberto pelo inspector-geral da Administração do Estado, Sebastião Gunza, e vai contar também com intervenções do ministro Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, do secretário do Presidente da República para Reforma do Estado, Pedro Fiete.
O procurador-geral da República, Hélder Pitta Gróz, o professor catedrático Carlos Feijó entre outros especialistas, vão igualmente, participar nos debates com diferentes painéis como prelectores.
JA