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Angola quer fazer diplomacia económica no evento

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Angola espera gastar na Expo 2020 Dubai, a decorrer entre 01 de Outubro deste ano e 31 de Março de 2022, metade do valor que costuma desembolsar para participar nas exposições mundiais, devido à crise.

O dia 04 de Fevereiro, data histórica do início da Luta Armada em Angola, foi escolhido para marcar o seu dia na Expo, com projecção em toda a feira.

A Comissária-geral de Angola na Expo 2020 Dubai, Albina Assis, apresentou em Luanda, os objectivos da participação de Angola na Expo 2020 Dubai.

O evento tem como tema geral “Conectando Mentes, Criando o Futuro“, na qual o país terá a sua presença no pavilhão “Oportunidades”, sob a temática “Conectar com a tradição para inovar“, representada pela cultura do povo Lunda Tchokwe.

Albina Assis disse que o orçamento teve aprovação do Presidente da República, salientando que a maior verba foi para a construção do pavilhão, feito em betão.

“Esse pavilhão realmente orçou à volta de 4,5 milhões de dólares, todos os restantes gastos são para o apetrechar, contrariamente ao que as pessoas pensam, a expo não é pendurar papéis,” explicou.

A responsável salientou que devido a situação financeira desta vez foi feita a expografia, apetrechamento da cozinha, das salas”, além dos recursos humanos, frisando que apesar do actual contexto económico que o país enfrenta, Angola não pode recuar.”

“Nós saímos de Milão com a cabeça levantada, ultrapassando países europeus, onde fomos o segundo país em termos de classificação, a medalha de ouro foi para a Alemanha e a medalha de prata foi para Angola, nós tivemos 2.500.000 visitantes no nosso pavilhão, portanto, já temos uma cultura de mostrar uma África diferente, mostrar que África tem capacidade para fazer alguma coisa, isto realmente tem custos”, disse.

Albina Assis, Comissária-geral de Angola na Expo 2020 Dubai

Albina Assis frisou que esta posição de Angola ajuda a atrair investimento estrangeiro para o país, sublinhando que a Expo é também um agente da diplomacia económica.

“O grande problema é que a maior parte dos países africanos vai pedir ajuda, mas há alturas em que não precisa, e nós de mansinho vamos fazendo. É essa nossa dignidade que nos leva poder chamar às vezes investidores, porque dizem: eles são sérios, eles fazem, eles trabalham,” salientou.

De acordo com Albina Assis, durante a Expo serão também realizadas reuniões com investidores, além da participação do país em fóruns de investimento com vista a chamar investidores, ressaltando que durante o seu mandato já teve encontros para falar sobre a potencialidade agrícola de Angola.

“Nós não vamos ultrapassar no total os 12 ou 13 milhões de dólares porque não é possível, primeiro porque não temos, já gastamos um tanto no pavilhão, vamos gastar outros três milhões [2,5 milhões de euros] na Expografia e no apetrechamento, vamos apertar o recinto para gastar o mínimo”, frisou.

A responsável disse ainda que Angola tem procurado promover nas exposições a cultura angolana, o que não será diferente desta vez, com manifestações de dança, música, pintura, gastronomia, literatura, incluindo ainda a participação de Angola num festival de língua portuguesa, no qual fazem parte todos os Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Angola participou já nas Exposições Mundiais de Sevilha (1992), Lisboa (1998), Japão (2005), Saragoça (2008), Xangai (2010), Yeosu (2012), Milão (2015) e Astana em (2017).

 

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