Três mil milhões, quinhentos e setenta mil, quatrocentos e cinquenta e sete e setenta e um cêntimos de euros (3.570.457,71) foram recuperados pelas autoridades angolanas no decurso do mês de Março, no âmbito da Lei de Repatriamento Coercivo de Capitais e Perda Alargada de Bens.

A revelação foi feita na sexta-feira, em Luanda, por Eduarda Rodrigues, directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos (SNRA), instituição ligada à Procuradoria-Geral da República (PGR) encarregue de garantir o cumprimento da referida lei.

A directora, que falava, à imprensa, à margem da Conferência Internacional dos 40 anos da PGR, acrescentou que no mesmo período foram igualmente recuperados do exterior do país 10 mil milhões, duzentos e noventa e quatro e setecentos e trinta e seis reais (moeda brasileira), bem como 477 milhões e 200 mil dólares, no quadro da mesma Lei.

A alta funcionária da PGR revelou ainda que, já dentro do país, foram recuperados igualmente de modo compulsivo 19 milhões, 393 mil e 982 dólares, bem como dois mil milhões, 438 milhões e 174 kwanzas, além de 143 euros.

A procuradora disse que o Estado recuperou também 20 imóveis, entre hotéis, residências e outros, com maior ênfase no município de Talatona, província de Luanda, além de viaturas e embarcações, no estrangeiro.

Eduarda Rodrigues disse, na ocasião, que o Estado teve de seguir para a fase de recuperação coerciva, depois dos cidadãos detentores de activos, dentro e fora do país, terem desperdiçado a oportunidade de beneficiar do período de graça de seis meses previsto na Lei.

Prometeu que o processo da responsabilização de todos aqueles que possuem, de forma ilícita, activos do Estado vai continuar, tendo sido introduzido em juízo 100 processos de crimes económicos, só no primeiro trimestre deste ano, contra os 638 de 2018.

Há cerca de dois meses, o SNRA recuperou mais de dois mil milhões e meio de dólares e bens patrimoniais equivalentes a mil milhões, desviados do Fundo Soberano.

A directora Eduarda Rodrigues dissertou na conferência internacional dos 40 anos de existência da Procuradoria-Geral da República, terminada esta sexta-feira, sobre a “Recuperação de activos e perda alargada de bens”.

Angop