O Instituto Nacional da Criança (INAC) e parceiros estão preocupados com o crescente abandono de menores por parte dos pais e também com a situação precária de alguns lares de acolhimento no país em particular aqui em Luanda.
Elisa Gaspar revelou que muitos dos centros não aparecem como centro de acolhimento mas sim como associações e trabalham com crianças para alcançar os seus objectivos pessoais.
O facto foi revelado esta semana à LAC pela Directora-geral adjunta do INAC, Elisa Gaspar, que avançou ainda que esta problemática vai doravante merecer um tratamento a nível local.
Neste quesito, disse estar a ser feito um trabalho para averiguar se as instituições estão inscritas como associação ou como centro de acolhimento, no sentido do órgão que dirige trabalhar para oficializar estes centros de acolhimento conforme o que a lei prevê.
“ Dar a criança o que ela merece, não é somente aglomerar 50 ou 100 crianças e dar um prato de sopa, mas é ter a vontade de criar estas crianças,” disse.
Quanto as crianças abandonadas, Elisa Gaspar garantiu que em parceria com o julgado de menores e acção social estão a ser feitas sensibilizações, bem como a localização das famílias para que as crianças possam ser reunificadas.
“Na eventualidade da família não se fazer sentir, aí sim, há o processo de adopção, que leva tempo.” Para o efeito, a Directora-geral adjunta do INAC informa que as pessoas interessadas, devem inscrever-se no Gabinete Provincial de Acção Social e cumprir alguns aspectos determinados.
“No âmbito da municipalização, uma vez que as crianças e os interessados encontram-se nos municípios, para simplificar o trabalho, as pessoas não precisam deslocar-se aos gabinetes provinciais , mas sim nos gabinetes municipais de acção social,” explicou.
Quanto as pessoas singulares ou associações menos escrupulosas que se aproveitam da situação de vulnerabilidade das crianças e as colocam nos centros sem o mínimo de condições, Elisa Gaspar, referiu que a observância da lei deve e vai prevalecer.
“O acolhimento das crianças em muitos centros não se coadunam com aquilo que é característico.”
Elisa Gaspar referiu ainda que todos aqueles centros que não apresentam condições devem ser fechados e que por conta disto, responsáveis de vários centros de Luanda, já se encontram a contas com a justiça.
FONTE: LAC/CD