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Bancos ameaçam parar crédito ao PRODESI

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Vários bancos comerciais contestam a exclusão do BPC da obrigatoriedade de conceder crédito a projectos do PRODESI, no âmbito do Aviso 10/20 do Banco Nacional de Angola (BNA).

Os bancos consideram que o banco central tem dois pesos e duas medidas permitindo desafogar a instituição bancária pública ao mesmo tempo que obriga os restantes 23.

Ameaçam parar os financiamentos ao PRODESI.

O braço de ferro entre o banco central e a banca continua. Se por um lado o BNA “empurra” as instituições de crédito a garantirem um mínimo de financiamentos, por outro os bancos tentam “fugir” dessa obrigação quase a qualquer custo justificando com a fraca qualidade dos projectos submetidos.

É por isso que até final de Dezembro nenhum banco tinha cumprido o mínimo de novos créditos exigidos pelo BNA, nomeadamente 50 para BAI e BFA e 20 para os restantes, e apenas oito tinham cumprido os valores mínimos equivalentes a 2,5% do seu activo líquido.

De um total de 25 bancos, apenas BPC e BDA estão desobrigados de cumprir as exigências do Aviso 10/20.

O BDA por razões óbvias, já que se trata de um banco de desenvolvimento e já está a financiar o programa governamental que visa aumentar a produção nacional e substituir as importações.

Quanto ao BPC, a justificação do BNA ao Expansão na semana passada, de que “está em reestruturação” e por isso fica de fora, não está a “colar” nas administrações dos bancos, que acusam o banco central de permitir “concorrência desleal” no sector.

Para o gestor de um dos maiores bancos, a decisão do regulador de deixar de fora o BPC da obrigação de financiar a economia “gera distorções ao mercado” e assemelha-se “a uma
campanha de promoção de concorrência desleal”.

Este gestor que é também accionista considera que as instituições bancárias com capitais públicos “sempre beneficiaram de tratamento diferenciado” do regulador, considerando que as recentes imposições do banco central acaba por deixar as instituições bancárias na defensiva.
“Isto só piora a situação do crédito.

Este é só mais um sinal que o BNA faz para que bancos também adoptem suas medidas”, alerta o banqueiro em tom de ameaça.

Um administrador do Banco de Fomento Angola (BFA) também defende que a retirada do BPC das exigências do aviso penaliza outros bancos que também enfrentam dificuldades financeiras e estão em reestruturação, sobretudo o Banco Económico e o BCI.

“Sem dúvida que os gestores destas instituições vão sentir que, no mercado nacional, o racional é ter dois pesos e duas medidas para o mesmo tipo de problema. E isso é mau para o sistema”, observou o responsável.

Expansão

Editor
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