Trata-se de Pedro Luís da Fonseca, gestor que até 2019 exerceu o cargo de ministro da Economia e Planeamento, deixa o Banco Económico e vai agora assumir os destinos do Banco de Comércio e Indústria.
O antigo ministro da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, exonerado em 2019 por João Lourenço, é o nome indicado para chefiar o conselho de administração do Banco de Comércio e Industria (BCI) que agora pertence ao Grupo Carrinho.
Depois de sair da liderança do Banco Económico, para onde entrou cerca de dois meses após deixar o Governo em 2019, Pedro Luís da Fonseca volta a ser indicado para a presidência de um banco, isto apesar de se tratar de uma Pessoa Politicamente Exposta (PEP) por ter exercido funções no Governo até há tão pouco tempo.
Pedro Luís da Fonseca vai substituir no cargo a jurista Zenaida Zumbi, que chegou à gestão quando o banco ainda era propriedade do Estado.
A lei define por Pessoas Politicamente Expostas indivíduos nacionais ou estrangeiros que desempenham ou desempenharam, funções públicas proeminentes em Angola, ou em qualquer outro País ou jurisdição ou em qualquer organização internacional.
Pedro Luís da Fonseca, entre outras funções no Governo foi ministro da Economia e Planeamento, além de já ter desempenhado vários cargos no aparelho do Estado, nomeadamente o de director Nacional de Estudos e Planeamento, vice-ministro do Planeamento, secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Territorial. Antes de ser chamado para liderar o BCI, Pedro Luís da Fonseca liderava o Banco Económico.
Esta nomeação surge agora, numa altura em que o banco foi obrigado pelo BNA, a apresentar em 30 dias um plano de reestruturação, prazo que termina no final deste mês. Pedro Luís da Fonseca vai chefiar um banco que foi recentemente comprado pelo grupo Carrinho, organização empresarial com sede em Benguela.
O grupo Carrinho, juntamente com a Gemcorp, a Mitrelli e a Omatapalo têm ganho cada vez mais destaque na governação de João Lourenço, obtendo concursos públicos de milhões por ajuste directo e, com pouca ou nenhuma informação pública sobre os contratos.
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