Banco central diz que grupo Carrinho não é um banco e que Rui Campos tem de fazer prova de que terá recursos financeiros para investir na instituição bancária em caso de necessidade.
Apesar da incerteza, administração espera que tudo se resolva até à assembleia geral agendada para este mês.
O Banco Nacional de Angola (BNA) travou o aumento de capital do Banco Keve e solicitou “mais esclarecimentos” sobre a operação que tornaria Rui Campos o accionista maioritário da instituição bancária.
Ao que o Expansão apurou, o banco central não vê com bons olhos o facto de Rui Campos pretender subscrever o aumento de capital com um empréstimo do Grupo Carrinho.
Segundo fontes do sistema financeiro nacional, o supervisor bancário argumenta que o grupo Carrinho “não é um banco” e que Rui Campos “tem de fazer prova de que terá recursos financeiros para investir no banco em caso de necessidade“.
Ainda segundo o que apurou o Expansão, o BNA tenta convencer o grupo Carrinho a entrar no Keve, em vez de financiar um aumento de capital de outro accionista, o que, a confirmar-se, seria a segunda entrada deste grupo de Benguela como accionista de uma instituição bancária, depois de ter vencido o leilão em bolsa para a aquisição do Banco Comércio e Indústria (BCI).
Para que Rui Campos possa vir a ser sócio maioritário do Banco Keve (51%), de acordo com a proposta de aumento de capital, terá de ter a aprovação do BNA.
Na edição 621, de 9 de Abril de 2021, o Expansão avançou que a proposta de Rui Campos para a subscrição do aumento de capital na instituição bancária passa por uma injecção de 10 mil milhões Kz.
EXPANSÃO