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BPI suspende venda à Angola dos 48,1% que detém no BFA

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Carrinho e a Gemcorp, as duas entidades interessadas, vêem a potencial compra dos 48,1% do BFA cair por terra. O BPI terá argumentado a decisão de suspender a venda com a desvalorização da divisa angolana, o kwanza.

O BPI suspendeu a venda da participação de 48,1% que detém no Banco de Fomento de Angola (BFA) e já o terá comunicado aos dois compradores que estavam na corrida, avança o Jornal de Negócios esta segunda-feira, 10 de julho. O banco português, detido pelos catalães do CaixaBank, terá justificado a suspensão com as condições de mercado, nomeadamente a depreciação do kwanza, a divisa angolana.

Para adquirir a participação do BPI no BFA estavam o grupo Carrinho e a Gemcorp, duas entidades que já tinham avançado com propostas. A restante quota no BFA é detida pela operadora de telecomunicações Unitel, por sua vez propriedade da petrolífera estatal angolana Sonangol.

Na carta enviada aos dois candidatos e também aos assessores envolvidos nesta operação, o BPI sublinha que a decisão tem efeitos imediatos e justifica-a pela contínua depreciação do kwanza, a moeda angolana. Desde o passado mês de maio, a moeda angolana já registou uma queda de 37%, atingindo um valor de 804 kwanzas por dólar.

O BPI, liderado por João Pedro Oliveira e Costa, tinha mandatado a Exotix, uma boutique financeira especializada em operações de fusão e aquisição em África, para concretizar a operação.

O banco português, detido pelos espanhóis do CaixaBank, tinha definido a quantia de 411 milhões de euros como o valor mínimo para alienar este ativo. o BFA é controlado maioritariamente 51,9%) pela Unitel, operadora de telecomunicações angolana que por sua vez pertence à Sonangol.

Neste processo de venda, o BPI tinha definido o mês de julho como a data limite para os dois candidatos apresentarem ofertas finais vinculativas de compra dos 48,1% do BFA. As propostas do grupo carrinho e da Gemcorp já tinham recebido luz verde do Banco Nacional de Angola.

O BFA tem ativos totais de cinco mil milhões de euros, cerca de 2,6 milhões de clientes e a sua quota de mercado em depósitos era de 14,5% em novembro. O governo angolano já anunciou que pretende dispersar em bolsa, através de um IPO (oferta pública inicial) parte da posição no BFA que é detida pela Unitel.

No ano passado, o BPI registou um lucro de 365 milhões de euros para o qual Angola contribuiu com 96 milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos é o único banco português com uma participação maioritária num banco angolano, o Banco Caixa Geral. O BCP, o BPI, e o Banco Montepio continuam no mercado angolano, mas com posições minoritárias e, no caso das duas últimas, em vias de alienação.

Jornal de Negócios

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