De acordo com o documento publicado no site do banco, que tem como accionista maioritário a Caixa Geral de Depósitos de Portugal, ao pagar 862,01 Kz por cada uma das 20 milhões de acções em circulação, o banco entregaria aos accionistas aproximadamente 17,3 mil milhões Kz, metade dos lucros em 2022.

A proposta está em linha com as expectativas do mercado, já que o BCGA vai distribuir quase o mesmo valor que entregou aos accionistas no exercício de 2021.

Entretanto, nada ainda está decidido já que a última palavra sobre o assunto é dos próprios accionistas do Caixa Angola com direito de voto, que se reúnem em assembleia geral no dia 31 de Março para, entre outros assuntos, deliberar sobre a proposta de distribuição de dividendos.

De acordo com a informação ao accionista publicada pelo Caixa Angola em vésperas da IPO que permitiu a saída da Sonangol do capital social em 2021, o banco teve lucros quase na mesma ordem e “o dividendo relativo ao resultado do exercício de 2021 foi de 983 Kz por acção“, lê-se no documento.

Na sequência do aumento de capital verificado no ano passado, a divisão de 50% do exercício pelo actual número de acções faria o valor cair para 860 Kz por acção, considerando 20 milhões de acções, na sequência do recente aumento de capital. Antes do aumento de capital, o banco tinha em circulação 17.150.000 de acções.

Cada acção do Caixa Angola chegou à Bodiva a valer 5.000 Kz mas valorizou 100%, para os 10.000 Kz, até esta quarta-feira.

Olhando para o histórico de distribuição de dividendos, embora os accionistas tenham legitimidade para solicitar um aumento do valor a distribuir, a proposta de distribuição de resultados do BCGA deverá ser aprovada.

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