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China refuta acusações sobre “armadilha da dívida” aos países africanos

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O Ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, rejeitou as acusações de que o seu país tem urdido a “armadilha da dívida” na cooperação com os países africanos.

Em declarações à Rádio Internacional da China, numa conferência de imprensa conjunta com a secretária das Relações Exteriores do Quénia, Raychelle Omamo, durante uma visita aquele país de África Central.

Além de outros projectos, a China financiou a maior infraestrutura edificada no Quénia desde a independência, que é a linha férrea de Mombaça, inaugurada em 2017 e orçada em 5 mil milhões USD.

As alegações que têm sido amplamente difundidas nos últimos dias são, para o representante da diplomacia chinesa, “infundadas e de carácter difamatório”.

Wang Yi referiu-se às boas relações entre a China e os países do continente africano no âmbito da cooperação sul-sul e destacou o facto de se caracterizarem como um processo de “ajuda mútua entre países em desenvolvimento”.

A cooperação do gigante asiático com os países africanos está, como frisou, “isenta da imposição de qualquer condição de natureza política ou da prevalência de determinações que vão contra a vontade ou interesse dos africanos”.

No início de Janeiro de 2022, no contexto da pressão dos EUA sobre o governo de Israel no sentido de suspender os acordos comerciais com a China, o The Jerusalem Post citou a principal autoridade da inteligência do Reino Unido (MI6), Richard Moore, que terá dito que “a China pretende atrair os países pobres para a armadilha da dívida visando o aumento da sua influência”.

Falando do caso específico do Quénia, o ministro das Relações Exteriores chinês referiu que “80% da dívida externa do Quénia é contraída junto de instituições financeiras multilaterais, e a sua dívida para com a China é principalmente empréstimos em condições especiais”.

Wang assevera que aquilo a que chamam de “armadilha da dívida”, na verdade, é o resultado de uma narrativa construída por “forças” que se dedicam a obstaculizar o “rápido desenvolvimento” do continente africano.

“Se há alguma armadilha em África é a armadilha da pobreza e do atraso, da qual os países africanos devem se livrar o mais rápido possível”, afirmou Wang.

De acordo com a estação pública de televisão e rádio turca TRT, a China é o maior parceiro comercial do continente africano, com trocas directas que em 2019 ascenderam a 200 mil milhões USD.

A mesma fonte refere que, depois do Banco Mundial, a China é o segundo maior credor do Quénia, tendo financiado diversos projectos de infraestruturas.

A visita de Wang Yi a Nairobi culminou com a assinatura de acordos sobre comércio e investimento, saúde, segurança, mudanças climáticas e transferência tecnológica.

Wang foi ainda recebido pelo Presidente Uhru Kenyatta e visitou o porto de Mombaça, que comporta um terminal de 353 milhões USD que está a ser construído pela China, com a finalidade de receber navios petroleiros de grande porte.

A dívida pública do Quénia está avaliada em 76 mil milhões USD, segundo cálculos do Expansão, que se baseiam em dados do FMI. O FMI estima em 69,7% o rácio da dívida no PIB de 2021, no valor de 109,4 mil milhões USD.

Expansão

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