O preço real do litro de gasóleo é de 253,8 Kz e o de gasolina é de 216,0 Kz, bastante acima dos preços praticados nos postos de abastecimento. A subsidiação aos combustíveis custou aos cofres da Sonangol quase 180 milhões nos primeiros três meses do ano.
Afinal, a gasolina e o gasóleo estão a ser vendidos nos postos de combustível a valores bastante abaixo do preço real de mercado.
O Expansão apurou que a Sonangol importou 600,6 milhões de litros destes dois combustíveis, nomeadamente 359,3 milhões de litros de gasóleo e 241,4 milhões de litros de gasolina entre Janeiro e Março.
A venda destes combustíveis ao público – aos preços de 135 Kz (0,43 USD) o gasóleo e 160 Kz (0,51 USD) a gasolina – rendeu 278 milhões USD (87,1 mil milhões Kz ) em vendas nos postos de abastecimento.
Mas a “maka” é que os combustíveis vendidos ao público não reflectem o preço real de mercado, já que ao preço a que a Sonangol compra a gasolina e o gasóleo nos mercados internacionais terão que ser acrescentadas margens das várias cadeias, como a distribuição, a logística e a própria comercialização, o que, de acordo com o economista e ex-director do Expansão, Carlos Rosado de Carvalho, acrescenta 55% ao valor do preço a que são importados.
Contas feitas, cada litro de gasóleo custa nos postos de abastecimento 135 Kz e está a ser vendido 46,8% abaixo do preço real, que no período foi, em média, de 253,8 Kz.
Quanto à gasolina, cada litro das três importações que decorreram neste período custou, em média, 138,7 Kz.
O preço real médio foi de 216,0 Kz, mas cada litro foi vendido ao público a 160 Kz. Ou seja, o litro de gasolina nos postos de combustíveis está a ser vendido 25,9% abaixo do preço real.
Expansão