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Chama-se Nitin Gajria e foi nomeado chefe da multinacional norte-americana Google para África pouco antes da pandemia de Covid-19.
Gajria, de 43 anos de idade, não conseguiu viajar pelo continente da maneira que gostaria. Em março, fez uma de suas primeiras viagens oficiais à Lomé para marcar, com o governo togolês, o desembarque do cabo submarino.
Era esperado em Lagos mas chegou à Lomé. O Equiano, cabo submarino de fibra óptica da Google que vai ligar Lisboa à Cidade do Cabo, foi inaugurado no Togo a 18 de março.
“O desembarque da Equiano é uma expressão concreta do compromisso do Google em apoiar a transformação digital de África”, disse Nitin Gajria, Director administrativo do Google para a África Subsaariana.
Google está a investir US$ 1 bilhão em África
Nitin Gajria dedica-se principalmente à implementação do investimento de US$ 1 bilhão prometido pela Google para a África dentro de cinco anos.
O anúncio, feito em Outubro passado, tem três objectivos. “Levar a Internet para mais africanos” através do Cabo submarino Equiano, o projecto de transporte de dados Taara – que usa feixes de luz invisível – e uma colaboração com a Safaricom para financiar a rede móvel da quarta geração 4G, “que agora estamos a exportarpara toda a África”.
O Google também quer “ajudar o empreendedorismo africano” por meio do Fundo de Investimento Africano, que actualmente possui US$ 50 milhões e um programa acelerador, que já vai na sua sétima edição.
Nitin Gajria também quer “apoiar ONGs” via google.org, que vai disponibilizar US$ 40 milhões de dólares em cinco anos para promover a inclusão de mulheres e jovens africanos.
“Antes dessa posição, nunca havia pisado o continenete africano”, admite Nitin Gajria. No entanto, o número 1 da Google no continente está convencido de que é o lugar para estar no digital: “África é o primeiro andar da Internet”, destaca.
“Há 700 milhões de pessoas que ainda não têm experiência disso. Como isso vai melhorar as suas vidas e resolver os seus problemas? Essa é a grande questão.”
Nitin Gajria frequentou o Indian Institute of Management em Calcutá, assim como o CEO da Bharti Airtel, Gopal Vittal, e Indra Nooyi, ex-CEO da Pepsi. Ele também é um dos muitos indianos em posição de responsabilidade na Big Tech, dos quais os mais conhecidos são Satya Nadella, Sundar Pichai e Parag Agrawal, CEOs da Microsoft, Alphabet (Google) e Twitter, respectivamente.
Há três anos, quando chegou como chefe da Google em África, Gajria assumiu como missão “recrutar equipas de gestão quase 100% africanas e principalmente de ecossistemas locais”.
Não se tratava de cair na tendência de algumas firmas internacionais de “conduzir suas actividades africanas a partir de Abu Dhabi ou de qualquer outro lugar”.
Por que não uma personalidade do continente à frente do Google África? “É este o grande objectivo”, diz ele.
Não é difícil imaginar Gajria noutro lugar do mundo. “Ele é profundamente multicultural”, diz seu ex-colega Marcus Jilla. E por um bom motivo: nascido e criado na Índia, com avós paternos em Tóquio e avós maternos na Cingapura, Nitin Gajria fala cinco idiomas e morou na cidade-estado, na Austrália e agora na África do Sul. Sua esposa é filipina e seus dois filhos são indo-filipinos, nascidos na Cingapura e agora chamam Joanesburgo de lar.
The Africa Report