“Esta tarefa não é fácil, na medida em que a concorrência entre países para atrair investimento directo estrangeiro é bastante forte”, pontualizou o Chefe do Executivo.
Para tal, João Lourenço defendeu a conjugação de esforço organizado, sistemático e persistente para atrair o investimento privado nacional e estrangeiro, para “estarmos na rota certa e atingirmos o nível de industrialização estabelecido pela SADC, fixando o nosso olhar sobretudo para a Zona de Comércio Livre Continental”. Referindo-se a alguns projectos em curso, o PR falou dos progressos obtidos no sector da energia eléctrica.
“Aumentou consideravelmente a oferta de energia eléctrica a partir de fontes de produção hidroelétrica e fotovoltaica, reduzindo consequentemente a produção a partir de fontes térmicas que são não só poluentes, mas que encarfecem o preço da energia vendida ao consumidor quer doméstico quer empresarial”, disse.
Adiantou, no entanto, que o Executivo está a apostar na construção das linhas de transporte da energia produzida na bacia do Kwanza, em Capanda, no Laúca, em Cambambe e no Ciclo Combinado do Soyo.
Já interligadas através da rede nacional de transporte, as referidas linhas vão levar energia para o leste, sudeste e sul do país, com destaque para as províncias da Lunda Sul, da Lunda Norte, do Moxico, do Cuando Cubango, da Huíla, do Cunene e do Namibe.
João Lourenço referiu-se também aos investimentos programados no sector das águas um pouco por todo o país.
Para Luanda, principal centro industrial do país, segundo o Presidente da República, há esperanças de que os projectos Bita e Quilonga venham desafogar a situação da cidade, que tem um grande déficit na produção e distribuição de água para cerca de dez milhões de habitantes e inúmeras indústrias já instaladas e para as perspectivadas.
De acordo ainda com o Chefe do Estado, o sector dos têxteis, o da produção alimentar, o da indústria extractiva e transformadora das rochas graníticas e ornamentais, o da refinação do sal e também o da metalomecânica, são exemplos acabados do desenvolvimento das cadeias de valor produtivas nacionais, desde a matéria-prima até ao produto transformado.
Com o arranque das três fábricas têxteis, sublinhou, cuja produção tende a crescer nos próximos anos à medida que aumenta também a produção interna da principal matéria-prima, o algodão, “prevemos e encorajamos o crescimento da indústria de confecções e da moda para satisfazer as necessidades básicas em vestuário para a grande maioria da nossa população”.
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