Os exames para a obtenção da carta de condução passam a ser feitos em ambiente multimedia, a partir de Novembro de 2023, como forma de reduzir os casos de sinistralidade rodoviária no país.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo comandante-geral da Polícia Nacional (PN), Arnaldo Carlos, à imprensa, a margem da 2ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Viação e Ordenamento do Trânsito (CNVOT), orientada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.
De acordo com o responsável, a Direcção Nacional de Viação e Trânsito tem já as condições criadas para que na primeira quinzena do mês de Novembro entre em vigor o novo sistema de avaliação aos candidatos a condutores.
“Os procedimentos para a implementação dos referidos exames já estão a ser feitos. Em Novembro do corrente ano entram em vigor”, assegurou à saída do encontro que analisou a sinistralidade rodoviária no primeiro semestre do corrente ano.
Segundo Arnaldo Carlos, a introdução do exame multimédia é uma das várias estratégias do CNVOT a ser implementada para reduzir o número de acidentes rodoviários, que de Janeiro a Julho do ano em curso se cifraram em sete mil 283 (-51) acidentes em relação ao período homólogo de 2022.
Os registos do mesmo período indicam, igualmente, a ocorrência de mil 458 (-202) mortes e oitocentos e 926 (+93) feridos em relação ao período anterior, bem como danos materiais calculados em mais de mil milhões de kwanzas.
Para o comandante-geral da Polícia Nacional, o excesso de velocidade, as ultrapassagens iirregulares, entre outras transgressões do Código de Estrada, indicam a falta de formação de muitos condutores em Angola.
Por isso, prosseguiu, considera-se imperioso e urgente a introdução do exame multimédia, por ser muito mais rigoroso na avaliação das competências das pessoas, o que vai ter um grande impacto na redução dos acidentes rodoviários, bem como na perda de vidas e bens materiais consideráveis.
Ainda relativamente ao primeiro semestre do ano em curso, o comandante-geral da PN informou que as principais vítimas dos acidentes foram peões e passageiros, na faixa etária dos 16 aos 44 anos, maioritariamente do sexo masculino, com 56 por cento de mortes e 53 por cento de feridos.
ANGOP