O ministro do Interior, Eugênio Cesar Laborinho, admitiu, ontem, na Assembleia Nacional, que o controlo da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC) “é extremamente difícil”.
Laborinho assumiu as dificuldades quando respondia as preocupações dos deputados sobre a vulnerabilidade das fronteiras terrestres do país, principalmente no Norte, com a RDC.
“Todos sabem que as fronteiras Norte, Nordeste e Leste do país é muito difícil. Há anos que estamos a combater isso, já não posso falar da vulnerabilidade nem do risco, é só dizer que é uma fronteira extremamente complicada”, admitiu.
Para exemplificar, o ministro citou a província congolesa do Cassai que tem 32 milhões de habitantes.
“Se houver uma instabilidade política naquela região vocês já imaginaram os 32 milhões envolver-se na Lunda Norte?!.. tomam a Lunda Norte, tomam a Lunda Sul e tomam tudo”, afirmou, dizendo que em caso de ocorrência as forças da ordem interna nada poderão fazer.
Laborinho aproveitou a ocasião para informar que metade dos 12 mil cidadãos congoleses acolhidos naquela região do país, a quando da guerra civil na RDC, negam o regresso ao seu país de origem.
ANGOP